A briga entre Atlético e Coritiba com a Federação Paranaense de Futebol (FPF) ganhou um novo capítulo. No final de novembro, a dupla Atletiba, em ação movida contra a entidade, conseguiu uma decisão para que sejam divulgados documentos envolvendo transações financeiras nos últimos três anos. O acórdão foi publicado na última quarta-feira (14).
O interesse de Coxa e Furacão vem desde a última eleição da FPF, em março de 2015, e é focado em dois aspectos: as doações da federação para os clubes e a aquisição de troféus e medalhas na loja do presidente da entidade, Hélio Cury.
Na decisão do Tribunal de Justiça, em segunda instância, feita em colegiado por três desembargadores e assinada pelo desembargador relator Péricles Bellusci de Batista Pereira, foi aceito o pedido de transparência dos documentos de “qualquer repasse financeiro e de material esportivo realizado em favor dos filiados, nos últimos 24 (vinte e quatro) meses” e “informações detalhadas sobre todas as aquisições de troféus, medalhas e materiais esportivos efetuados nos últimos 36 (trinta e seis) meses”.
A FPF tem até o dia 29 para entregar a documentação ou recorrer em uma instância superior. Procurada, a federação afirmou, via assessoria de imprensa, que não iria se manifestar porque não tinha ainda sido comunicada da decisão judicial.
Desde 2008 no comando da FPF, Hélio Cury venceu a última eleição contra o candidato Ricardo Gomyde, que era apoiado pela dupla Atletiba, após uma campanha de muitas acusações e disputas judiciais. Nas urnas, o atual presidente venceu por 33 a 25, com apoio dos clubes amadores e ligas.
Agora, diante das brigas na justiça, o clima volta a ficar conturbado entre os principais clubes do Estado e a entidade que rege o futebol paranaense. Com o fim do Campeonato Brasileiro, um dos focos dos clubes é justamente o Campeonato Paranaense, que será disputado a partir do dia 29 de janeiro e é organizado pela FPF.
