Fechado o acordo com a OAS, a Federação Paranaense de Futebol precisa fazer com que o valor pago pelo grupo que está comprando o Pinheirão seja depositado em sua conta até o dia 19 de outubro. Caso contrário, o estádio pode voltar a ser leiloado. Um novo leilão da área está marcado para o dia de 20 de outubro e, neste caso, a situação poderia complicar a FPF.
Em um segundo leilão, o Pinheirão “perde” 50% do valor de avaliação divulgado ontem. Pelo menos três grupos interessados estiveram na sede do grupo leiloeiro Nogari, mas ninguém se arriscou a fazer a oferta mínima de R$ 66 milhões pela terreno de 124 mil metros quadrados que pertence à Federação Paranaense de Futebol.
O estádio foi a leilão por determinação da Justiça Federal para pagamento de dívidas com o INSS, que é o maior credor da FPF. Hoje, a federação tem um débito de cerca de R$ 40 milhões com a seguridade social. Se for mantida a praxe dos leilões, como sugere o próprio leiloeiro Jorge Dale Nogari, o lance inicial cai de R$ 66 milhões para R$ 33 milhões num eventual leilão no dia 20. “A Justiça permite que se comece por 50% do valor quando vai ao segundo leilão. Não significa que será arrematado por este valor. Pode até mesmo ultrapassar os R$ 66 milhões que estavam determinados hoje”, explicou Jorge, baseando-se na experiência de 20 anos atuando como leiloeiro.
Por isso, a Federação precisar correr contra o tempo para entregar à Justiça a documentação da venda do estádio ou está ameaçada de sofrer prejuízos. Além dos R$ 40 milhões devidos ao INSS, a entidade tem débitos de R$ 8 milhões de IPTU com a prefeitura de Curitiba, R$ 15 milhões com o Atlético e outras pequenas somas.
Em 2007, o Pinheirão já havia ido a leilão, mas a Justiça acabou invalidando o arremate por ter sido “vendido” por R$ 11 milhões, avaliação muito abaixo do valor real do imóvel. Na época, o arremate foi feito pelo grupo Tacla – conhecido investidor em shopping centers.