A Federação Paranaense de Futebol adotou o silêncio sobre a venda do Pinheirão. Ninguém da entidade quis se manifestar. Os advogados da FPF estiveram presentes no leilão, mas afirmaram que estão proibidos de falar sobre o assunto.
Já o presidente Hélio Cury também não quis se aprofundar no caso, mas admitiu que o jurídico da FPF vai estudar a questão para saber quais medidas serão adotadas para tentar reaver o estádio. “No momento, não vamos nos pronunciar a respeito disto. Vamos aguardar, analisar tudo primeiro, para depois vermos o que vamos fazer. Depois, sim, vamos comunicar a todos”, declarou.
Já a Câmara Municipal de Curitiba lamentou a venda e, principalmente, a falta de interesse do poder público em tentar reaver o estádio. “Foi decepcionante, uma frustração. Um bem público caiu na mão de empresários. Eu levei um ofício, já faz mais de um mês, mas não fizeram nada”, declarou o vereador Jair Cézar (PSDB).
Agora, a expectativa é que a venda não seja homologada. “O poder público pode tomar uma atitude. O novo proprietário terá que levar ao poder judiciário para que seja autorizada a transferência de nome do proprietário. Se não homologar, anula a venda. Já aconteceu isto antes”, completou o vereador.
De acordo com o leiloeiro Plínio Barroso de Castro Filho, que foi o responsável pelo leilão do estádio, o executado, no caso a FPF, ou um terceiro interessado, como a Câmara Municipal, por exemplo, podem entrar com um embargo sobre o resultado.