Será realizado hoje, no Hotel Lancaster, no centro de Curitiba, o arbitral da Federação Paranaense de Futebol – FPF. O encontro, que estava programado para acontecer na sede da entidade, no bairro Tarumã, discutirá questões técnicas e financeiras referente ao Campeonato Paranaense de Futebol da Série Ouro, a 1.ª Divisão do próximo ano. No encontro deverão ser apresentadas as tabelas de jogos e o regulamento do Estadual.
Mas a diretoria da federação terá que descascar primeiro dois abacaxis. Um deles diz respeito à desistência do Adap Galo. O time de Maringá oficializou a sua renúncia na competição, alegando problemas financeiros e falta de apoio dos empresários da Cidade Canção para manter um time em atividade e disputando um campeonato profissional.
Dessa forma o campeonato teria 15 equipes, e não mais 16 como o previsto anteriormente. A FPF deverá apresentar a proposta para que caiam três times, em vez de quatro, para Série Prata, a 2.ª Divisão do Paranaense de 2009.
Turma do apito
A segunda pendenga deverá ganhar contornos de “briga judicial”. Depois de muito insistir, através de contatos telefônicos e correspondências enviadas à diretoria da FPF – “todas sem respostas” , Aírton Nardelli, presidente do Sindicato dos Profissional dos Árbitros de Futebol do Paraná, conseguiu ontem uma medida cautelar inominada que garante a participação da entidade no arbitral da federação.
Segundo Nardelli, o objetivo é “fazer valer a representação dos árbitros na reunião que envolve os clubes profissionais do Estado”, diz o presidente do sindicato, que pretende apresentar uma proposta de aumento de até 87,5% das taxas de arbitragem pagas hoje aos árbitros e auxiliares que trabalham na 1.ª Divisão do Estadual. No campeonato deste ano, os árbitros receberam R$ 800 por partida, mais despesas de transporte, hospedagem e alimentação. Os assistentes ganharam R$ 400.
Na nova proposta do sindicato os árbitros do quadro da Fifa receberiam R$ 1.500 por jogo; para árbitros do quadro da CBF, R$ 1.200; e para o quadro básico da FPF, R$ 1.000. Os assistentes receberiam R$ 750, R$ 600 e R$ 500, respectivamente.
“Nossa preocupação é com a possível evasão dos principais árbitros e auxiliares para outros centros. Podemos perder nossas principais referências”, diz Nardelli.
Porém, o que pode parecer fácil, pelo menos na avaliação do sindicato, pode ser um belo de um complicador para o encontro de hoje. A FPF negocia normalmente com a Associação Profissional dos Árbitros de Futebol do Paraná (Apaf-PR), presidida por Afonso Vítor de Oliveira, justamente o chefe da Comissão de Arbitragem da FPF, figura responsável por escalar os apitadores em todas as competições estaduais.