Amada pelos torcedores e odiada pelos demais setores que envolvem a Copa do Mundo, as vuvuzelas já atemorizam parte dos dirigentes do futebol paranaense. Vendo que o modelo de corneta virou febre nas ruas, eles temem ela invada os estádios. Por isso, a Federação Paranaense de Futebol prepara uma resolução em que recomendará que a vuvuzela seja proibida nos dias de jogos.
A FPF pode apenas sugerir o veto, já que uma proibição efetiva depende dos organismos que cuidam da segurança no Estado. Neste caso, a Polícia Militar disse, em nota, que não pretende interferir caso as torcidas adotem as vuvuzelas para incentivas seus times.
Assim, caberá aos clubes vetar ou não a entrada do instrumento. Em Curitiba, o Atlético foi o único que já anunciou que irá barrar quem for à Arena da Baixada carregando sua vuvuzela.
No Coritiba, não haverá nenhum restrição. “O Coritiba incentiva o seu torcedor a mostrar afeto pelo clube. Seja com grito, bandeira, bumbo ou até mesmo essas vuvuzelas. Não temos a intenção de proibir a festa em nossos jogos. Claro, desde que nada disso venha com adesivos e logomarcas de torcidas organizadas”, destacou o coordenador de marketing alviverde, Roberto Pinto Júnior.
O Paraná Clube também não fará o veto, embora haja em sua diretoria pessoas descontentes com as cornetadas. Um deles é o coordenador administrativo Pedro Henrique Poitezin, que torce para que a onda não pegue nos estádios da capital. “É um barulho chato. Se eu estiver na arquibancada, irei pedir pra pessoa que estivesse com a vuvuzela dar um tempo”, ressalta.
De acordo com o diretor de vistorias da federação, Reginaldo Cordeiro, existe o temor que o objeto seja utilizado por torcedores para a facilitação de atos ilícitos. “Quem me garante que dentro dessas cornetas não tragam drogas, alfinetes, canivetes ou facas?”, ressalta.
