Uma nova polêmica entre Engenheiro Beltrão e Federação Paranaense de Futebol – FPF – foi levantada ontem pelo presidente do clube, Luis Linhares. E tem relação com a liberação do estádio João Cavalcante de Menezes para jogos do Estadual.

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No site oficial do clube é mostrada uma cópia do laudo da PM, datado de 19 de janeiro, que deveria ter sido enviado à FPF até anteontem para que a partida contra o Coritiba fosse homologada pela entidade para ocorrer em Engenheiro Beltrão.

Como o documento não chegou a tempo, a FPF confirmou o confronto para Paranavaí, Estádio Waldemiro Wagner, e manteve o estádio da Aereb vetado. Linhares critica o procedimento adotado e acredita que o clube está sendo prejudicado, tendo que atuar fora de seus domínios.

A bronca dele foi destilada no site da Aereb: “Eu já sabia, estava na cara a armação (…) que vergonha para o futebol do Paraná, já não fossem os problemas de regulamento, as liberações de estádios são suspeitas”, afirmou o presidente.

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Visto

Mas essa história também tem o outro lado. Para o chefe de vistorias da FPF, engenheiro Reginaldo Cordeiro, o laudo da PM, divulgado por Linhares, não é suficiente para a liberação do Estádio João Cavalcante de Menezes para jogos do Estadual porque nele não consta assinatura do prefeito municipal ou outra pessoa designada pelo Executivo para firmar o Termo de Ajustamento de Conduta.

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Resumindo: responsabilizar-se pela praça esportiva. “Sem a assinatura do prefeito ou responsável, o tenente Alencar, da Polícia Militar, não pode homologar e enviar o laudo para a Federação. E eu só vou liberar o estádio quando estiver com esse documento, homologado, em mãos”, explicou Cordeiro.

Segundo ele, o laudo técnico de engenharia também está incompleto. Assim a declaração enviada pelo Corpo de Bombeiros à FPF libera ao público apenas 795 lugares no estádio João Cavalcante de Menezes e veta o uso das arquibancadas tubulares.

Prazo

Críticas como a do presidente Luis Linhares vem ocorrendo à comissão de vistorias da FPF, mas Cordeiro lembrou que o ajustamento dos estádios às normas vem sendo cobrado há mais de um ano.

“Fiz no mínimo quatro vistorias nas praças esportivas no último ano, sempre solicitando e cobrando as reformas necessárias. Os clubes têm postergado e deixaram para a última hora”, afirmou o engenheiro citando as vistorias realizadas em janeiro, julho e dezembro de 2009 e janeiro deste ano.

“A última vistoria que fiz deveria servir apenas para aprovar ou vetar as medidas pedidas anteriormente; o que não ocorreu”, finalizou Cordeiro. O Estádio Germano Kruger, em Ponta Grossa, passará por outra vistoria na segunda-feira, às 10h. Juntamente com o Estádio do Engenheiro Beltrão são as únicas praças esportivas que não apresentam condições para abrigar jogos do Campeonato Paranaense.