A Federação Paulista de Futebol (FPF) praticamente ignorou a audiência pública na Câmara Municipal de São Paulo realizada nesta terça-feira, que teve como objetivo discutir o projeto de lei que estabelece o horário das 23h15 como limite para o término das competições esportivas na cidade.

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A entidade mandou para o evento apenas um representante, Américo Calandriello, vice-presidente do departamento de futebol amador. Ele chegou durante a sessão, fez um rápido discurso e se retirou em seguida. Afirmou que a mudança de horário pode afugentar a televisão e os patrocinadores dos jogos, o que seria prejudicial para os clubes financeiramente.

No restante da audiência pública, o que se ouviu foram elogios ao projeto, de autoria dos vereadores Agnaldo Timóteo (PR) e Antônio Goulart (PMDB). Já aprovado em primeira votação na Câmara, ele deve passar por nova avaliação nesta quarta e, se a maioria concordar, seguirá para sanção do prefeito Gilberto Kassab.

TODOS A FAVOR – Representantes dos clubes, das torcidas e de associações de bairros da capital paulista consideram positiva a ideia. Acreditam até que a lei pode, em breve, ser nacional. “São Paulo dá o tom do que acontece no Brasil. Se aprovarmos aqui, isso em breve será uma lei federal”, disse Goulart.

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Agnaldo Timóteo procurou deixar claro que os vereadores não querem abrir uma guerra contra a TV Globo – principal interessada na manutenção do término dos jogos após as 23h15, para não ter que mexer na sua rigorosa grade de programação. “É só o Jornal Nacional começar mais cedo e encurtar a novela no dia do futebol”.