FPF exclui o Engenheiro Beltrão de seu quadro associativo

Na última reunião do ano na Federação Paranaense de Futebol (FPF), Onaireves Moura pegou pesado com um de seus principais opositores. O chefão da entidade desfiliou o Engenheiro Beltrão por causa da ação que tramita na Justiça comum do interior do Estado.

Segundo Moura, o clube só poderá retomar as atividades quando o processo for retirado. Na ação, um suposto torcedor do Engenheiro Beltrão pede a anulação do rebaixamento da equipe no Estadual do ano passado, alegando que a FPF descumpriu o Estatuto do Torcedor. Uma ação idêntica, esta de autoria do próprio clube, foi julgada improcedente (negada) segunda-feira pelo pleno do Tribunal de Justiça Desportiva (TJD).

Moura usou o exemplo da Confederação Sul-americana de Futebol (Conmebol), que recentemente ameaçou excluir o Internacional da Copa Libertadores por causa de uma ação na justiça gaúcha – um torcedor contestava a anulação dos 11 jogos do Brasileirão apitados por Edílson Pereira de Carvalho. A Fifa proíbe os clubes de serem beneficiados por ações na Justiça Comum, mesmo que propostas por terceiros.

O cartola confirmou também a participação do União Bandeirante no Estadual/06. Moura alega que o time de Bandeirantes jamais se desligou do Campeonato Paranaense – o Engenheiro pleiteia a vaga argumetando que um clube desistente não pode voltar à disputa. ?O União só comunicou que estavam em dificuldades financeiras?, falou o dirigente. No dia 30 de novembro a FPF emitiu nota oficial intitulada ?União Bandeirante desiste do Campeonato Paranaense?.

A FPF divulgou ainda que a comissão de vistoria da entidade interditou os estádios do Café (Londrina), Anilado (Francisco Beltrão) e Bom Jesus da Lapa (Apucarana). Os locais só poderão receber jogos do Estadual se estiverem em boas condições até 3 de janeiro.

O Erton Coelho Queiroz (Vila Olímpica do Boqueirão) também foi interditado por causa dos incidentes na final do Campeonato Paranense de Juniores, entre Paraná e Atlético, sábado passado. Segundo Moura, o estádio não sediará partidas de categorias de base até que esteja adequado ao Estatuto do Torcedor. ?A partir de agora os clubes responderão pela segurança também em partidas de juvenis e juniores?, anunciou Moura.

Coxas assumem cargos na entidade

Dois coxas-brancas são os novos membros da direção da Futebol Paranaense de Futebol. Elias Féder, que integrava a diretoria executiva do Coritiba, foi nomeado ontem diretor do Departamento de Futebol Profissional, substituindo Almir Zanchi. Fábio André Gimenez Ferreira de Quadros, advogado e conselheiro alviverde, será o ouvidor do Campeonato Paranaense de 2006.

Féder, que já presidiu o Conselho Deliberativo coxa-branca, era um dos nove membros do mais importante conselho do clube do atual mandato de Giovani Gionédis. O novo diretor da FPF confirmou que o próprio Gionédis indicou seu nome. ?Fui bem recebido pelo presidente Moura e resolvi aceitar o desafio?, disse Féder, que, assim como Quadros, foi empossado ontem. O trabalho efetivo inicia em 2 de janeiro, já que a FPF entra em recesso a partir de hoje.

Adeus – O ex-presidente do Paraná Clube, Ocimar Bolicenho, negou ontem que tivesse recebido convite para ser diretor da FPF. Ocimar aproveitou para anunciar seu afastamento do futebol – ele vai dedicar-se apenas à atividade de técnico do Tribunal de Contas do Paraná. ?Fui convidado há 20 dias para ser diretor do Atlético-MG, mas não aceitei. Perdi a motivação para trabalhar no futebol?, falou o ex-dirigente, que não mantém bom relacionamento com os atuais comandantes tricolores.

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