A Federação Paranaense de Futebol (FPF) aguarda a notificação da Justiça Comum para tomar as atitudes que considera conveniente para a manutenção da fórmula do Paranaense da Primeira Divisão de 2006. O juiz Sílvio Hideki Yamaguchi, de Engenheiro Beltrão, considerou procedente a ação de Francisco de Assis Alves, que utilizou o Estatuto do Torcedor para contestar o rebaixamento direto das equipes do Engenheiro Beltrão e Império Toledo. Segundo a argumentação do torcedor, deveria ter acontecido o ?torneio da morte? entre os quatro últimos colocados deste ano, mantendo o sistema adotado em 2004.
?Não fizemos nada de errado. No arbitral deste ano os clubes resolveram abolir o quadrangular de rebaixamento (o torneio da morte)?, disse Onaireves Moura, presidente da FPF que espera a comunicação oficial da Justiça sobre o caso para repassar o caso à assessoria jurídica da FPF. ?Um agravo ou entrar com um recurso?, seriam as opções. O dirigente da FPF achou também muito ?estranho? e ?coincidência? que o texto apresentado junto à Justiça Comum seja idêntico a ação encaminhada pelo Engenheiro no Tribunal de Justiça Desportiva (TJD). ?Isso certamente também será alvo de análise?, afirmou Moura.
Ontem a FPF divulgou uma nota de esclarecimento, onde a entidade diz que, ?de acordo com a lei n 10.671/2003 (Estatuto do Torcedor), os regulamentos das competições de profissionais só podem ser mudados em duas situações: decorridos dois anos de manutenção do mesmo regulamento; e no caso de alteração do calendário anual?. ?A atitude dos clubes está respaldada na segunda. O calendário de 2004 tinha 16 datas, e o calendário para 2005, 19 datas.? Ainda segundo a federação, para 2006, também houve mudanças, pois o campeonato será disputado com 20 datas.