FPF deve R$ 24 mil a hotel que hospedou a seleção

A passagem da seleção brasileira pelo Paraná ainda não rendeu os dividendos monetários que o Hotel Paraná Golf Inn esperava receber: R$ 24 mil, referentes a hospedagem e alimentação de toda a delegação (cerca de 40 pessoas), pelos três dias de uso exclusivo do hotel e suas instalações. Segundo o gerente do hotel, Bruno Putz, a Federação Paranaense de Futebol, que contratou a empresa para hospedar Ronaldinho, Rivaldo, Parreira e cia, ainda não honrou o contrato assinado pelo presidente da entidade, Onaireves Moura.

Segundo Bruno, o dirigente teria entrado em contato com a direção do hotel, feito uma série de exigências em relação a segurança e isolamento da delegação nos três dias de permanência do grupo em suas dependências (17, 18 e 19 de novembro do ano passado), e após as reformas implementadas, assinado o contrato.

Pelo acordo, Moura teria que quitar um sinal de negócio no valor de R$ 10 mil no dia 14 de novembro. Mas na data combinada, Moura não pagou o combinado. Para evitar problemas com a imagem da empresa, Bruno teria recebido a delegação, oferecido os melhores serviços possíveis – colocando inclusive um profissional de golfe a disposição de Ronaldo Nazário.

A segunda parcela, que venceu no dia 3 de dezembro, também não foi paga. O valor era de R$ 14 mil, e se referia ao total gasto – inclusive ligações dos atletas para a Europa, origem da maioria das estrelas.

?Queremos apenas receber o que é devido. Prestamos o serviço e até agora não recebemos por ele, embora já tenha se passado as datas de vencimento dos compromissos?, revelou Putz.

O que causa espanto e decepção ao gerente, é o fato de até hoje o Paraná Golf Inn nunca ter levado calote. ?Atendemos diversas empresas e sempre recebemos o que nos é devido?, conta Bruno, estarrecido com a falta de postura e honestidade de Moura, que teria dito que protestasse a Federação: ?Temos cerca de 80 protestos.

Um a mais, um a menos, não fará diferença?, teria dito Moura para Bruno Putz, que revelou ainda que irá processar a entidade por perdas e danos, acionando ainda a Confederação Brasileira de Futebol como co-réu na ação.

Moura por sua vez, revelou que a entidade que dirige está em férias coletivas, e só retornará às atividades no dia 19. ?Quando voltarmos das férias vamos pagar essa dívida?, prometeu o dirigente, negando inclusive conhecer Bruno. ?Não conheço este senhor?, ironizou o dirigente. ?Eles emitiram um boleto de cobrança e vamos pagar assim que voltarmos das férias?, reiterou o dirigente.

Com o calote da FPF, o hotel teve que recorrer a empréstimos para pagar as obrigações trabalhistas com seus funcionários.

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