FPF deve mais de R$ 40 milhões

Às custas principalmente do aumento de taxas, a Federação Paranaense de Futebol tornou-se rentável em 2008. Ao menos é o que indica o balanço financeiro da entidade, publicado ontem.

A demonstração contábil aponta que a FPF teve lucro de R$ 74,5 mil no exercício de 2008. O desempenho é bem melhor que no ano anterior, quando a entidade, em meio à crise que culminou com o afastamento do ex-presidente Onaireves Moura, acumulou prejuízo de R$ 435,9 mil.

O aumento vertiginoso da receita possibilitou à FPF fechar as contas no azul. A arrecadação saltou de R$ 1,68 milhão em 2007 para R$ R$ 2,96 milhões no ano passado – um acréscimo de 76%.

Entre os itens com maior elevação estão os “Jogos dos campeonatos estaduais” (de R$ 269 mil para R$ 762 mil), “Taxas de Expediente Diversas” (R$ 449 mil para R$ 726 mil) e “Outras Receitas” (R$ 244 mil para R$ 690 mil).

Nestes dois últimos itens encaixam-se as taxas de registro de atletas e de clubes, que sofreram reajuste no ano passado e geram reclamações por parte das equipes.

A inscrição na 3.ª Divisão paranaense, por exemplo, custa hoje R$ 50 mil. Por outro lado, a FPF segue com enorme dívida (R$ 42 milhões), fruto de anos de inadimplência da era Moura. Só em impostos (principalmente federais e IPTU), a entidade deve R$ 38,8 milhões.

Cury assumiu o comando da FPF em novembro de 2007, através de liminar judicial. Em abril de 2008, venceu Rafael Iatauro nas eleições para a presidência da entidade, com mandato até 2012. Oito meses depois, coordenou um “golpe branco” para estender o próprio mandato até o final de 2014, ano da Copa do Mundo.

A FPF informou ontem que Cury era o único dirigente habilitado para falar do tema. A reportagem do Paraná Online ligou para o celular do presidente diversas vezes, mas apenas os diretores Elizeu Siebert e Amilton Stival atenderam, e informaram que o chefe estava em audiência. Em seguida, ninguém mais atendeu às chamadas.

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