O Comitê Executivo da Federação Paulista de Futebol (FPF) confirmou o que já era esperado. Após apresentação de análise do regulamento do campeonato paulista por parte do Corinthians e do São Paulo, o grupo anunciou no início da tarde de ontem que a vantagem do empate na final é mesmo do time do Morumbi.

Segundo Orlando Duarte, um dos integrantes da equipe de advogados que compõe o Comitê Executivo, foi feita uma votação com a sua participação e a de Juvenal Juvêncio, Carlos Facchina Nunes, José Maria Marin, Samir Abdul-Hak, Edvar Simões, Salvador Mezarane para solucionar o impasse. Apenas Simões, que é supervisor do Corinthians, votou contra. O resultado: 6 a 1.

Duarte afirmou que “houve um descuido, mas não má-fé na elaboração do regulamento” do estadual. Por esse motivo, foi considerado válido “o espírito da lei”, que dá a vantagem do empate aos times com melhor campanha, dando fim à polêmica criada pela má redação do regulamento, que, para alguns, dava a vantagem ao time com menos cartões vermelhos e amarelos, no caso o Corinthians.

O integrante do Comitê Executivo admitiu que houve erro na elaboração do regulamento do paulista, o que deve ser corrigido. “Para evitar novos problemas, as regras de eventos da FPF deverão obter aprovação do Comitê Executivo antes de ser anunciadas oficialmente”, afirmou Duarte.

Advertência

Duarte também anunciou que tanto São Paulo quanto Corinthians foram advertidos de que dirigentes e jogadores devem evitar declarações polêmicas que possam estimular violência por parte dos torcedores. A preocupação da FPF é impedir que tumultos aconteçam no Estádio do Morumbi dependendo do resultado do segundo confronto da final.

O integrante do comitê usou como exemplo as declarações do volante Vampeta, do Corinthians, segundo as quais, se seu time perdesse por 1 a 0 daria volta olímpica com a taça de campeão paulista. “Nem em várzea, nem no Rio de Janeiro, onde o Vasco pegou um troféu que não ganhou acontece algo assim”, disse Duarte. O diretor de futebol do São Paulo, Carlos Augusto de Barros e Silva, também mereceu críticas por dizer que o vencedor da semifinal entre Palmeiras e Corinthians seria vice-campeão estadual.

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