Depois de anunciar o fim das “Grid Girls”, a Fórmula 1 comunicou nesta segunda-feira que quem vai substituir as modelos serão crianças. Chamada de “Grid Kids”, a nova iniciativa busca atrair o público jovem e dar fim a tradições “que não condizem com a marca, tampouco com as normas de uma sociedade moderna”.

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As crianças vão ser selecionadas pelos clubes de automobilismo locais pelo mérito e também por sorteio. Terão preferência aquelas que já estiverem inseridas no esporte, competindo em categorias de base ou no kart. Os selecionados vão poder acompanhar de perto a preparação dos pilotos no grid em todos os GPs de 2018.

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“Este será um momento extraordinário para esses jovens. Imagine, de pé ao lado de seus heróis, assistir enquanto se prepara para competir a elite da elite no automobilismo. Estar lá, ao lado deles naqueles preciosos minutos, pouco antes da largada”, disse o diretor comercial da F1, Sean Bratches.

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A decisão chegou a ser abertamente contestada por Bernie Ecclestone, chefão da Fórmula 1 durante décadas, que vendeu os direitos da corrida para a Liberty Media em janeiro de 2017. “Neste momento, está se tornando um pouco puritano”, declarou o empresário britânico de 87 anos. “Não consigo ver como uma garota bonita em frente a um carro de F1 pode ofender alguém”, insistiu.

O presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), Jean Todt, discordou. “Qual melhor forma de inspirar a próxima geração de heróis da Fórmula 1?”, questionou. A temporada 2018 da categoria terá início no dia 25 de março, com o GP da Austrália.