Um dos países ameaçados de ficar de fora da Fórmula 1 em 2020, a Espanha teve o seu GP confirmado nesta terça-feira pela categoria para a próxima temporada. Segundo a F1, o circuito de Montmeló, em Barcelona, recebeu mais de 500 mil pessoas nos últimos três anos, sendo que a corrida gerou mais de 163 milhões de euros (cerca de R$ 750 milhões), para a região da Catalunha, onde fica a pista que sediará a corrida pelo 30.º ano consecutivo.
A Espanha corria o risco de deixar o calendário da Fórmula 1 por causa das entradas de Holanda e Vietnã na temporada de 2020. No entanto, o Governo da Catalunha fez um esforço para manter a corrida em Barcelona, retomou as negociações com a categoria e, assim, o palco tradicional dos testes de pré-temporada vai seguir ao menos por mais um ano.
“É um prazer confirmar que o GP da Espanha segue no calendário de 2020 do Mundial de Fórmula 1. A decisão de seguir correndo no pináculo do automobilismo na Espanha, um país com grande tradição automobilística que vem desde o começo do século passado, é parte da nossa estratégia de manter as raízes europeias da F1, ao mesmo tempo em que avançamos para novos territórios”, comentou o norte-americano Chase Carey, o chefão da F1.
“A vontade dos promotores de fazer parte da F1 em 2020 é prova da habilidade do esporte de atuar como um catalisador de regiões que querem receber eventos de dimensão mundial, assim como as que buscam um impacto financeiro positivo. Nos próximos meses, vamos continuar discutindo para ver se podemos expandir essa relação vantajosa”, completou.
“A Catalunha vai ser, pela 30ª vez seguida, sede de um GP de Fórmula 1. A Catalunha é um país com grande tradição no esporte a motor e, consequentemente, ficamos satisfeitos por fortalecer e manter nossa condição de evento clássico no calendário para fãs ao redor do mundo. Ao longo desses 30 anos, integramos esse evento às políticas industriais do governo, e o GP da Fórmula 1 no Circuito de Barcelona-Catalunha é uma ferramenta importante para estimular a atividade econômica no país em termos de turismo e entretenimento”, disse Quim Torra, presidente da Catalunha.
Com as equipes chegando a um acordo para um calendário de 22 corridas para 2020, os únicos países que ainda não estão confirmados são Itália e Alemanha. Dos dois, os alemães têm mais chances de darem adeus novamente ao calendário – a corrida deste ano foi bancado pela Mercedes, que disse que não pretende repetir a manobra.