A Force India tenta manter a sua rotina e participa neste fim de semana do GP da Hungria, apesar de ter sido colocada sob administração em meio a graves problemas financeiros. A equipe, que tem sede em Silverstone, foi alvo da decisão judicial em audiência realizada no fim da sexta-feira em Londres.
“Estaremos em contato com as principais partes interessadas com urgência para garantir o melhor resultado para os credores”, disse Geoff Rowley, representante do FRP Advisory LLP, consultoria especializada em reestruturação corporativa. “Enquanto isso, a equipe continuará a operar normalmente, incluindo a corrida na Hungria neste final de semana. Nosso objetivo é que as coisas sigam como de costume, enquanto avaliamos opções para garantir o futuro da equipe.”
A equipe Force India, que é de propriedade de Vijay Mallya, terminou em quarto no campeonato de construtores no ano passado, mesmo tendo um dos menores orçamentos da Fórmula 1. Depois de 11 das 21 corridas, a Force India, com o mexicano Sergio Perez e o francês Esteban Ocon, é a quinta na temporada 2018, a 21 pontos da quarta colocada Renault.
Na quinta-feira, Perez expressou suas preocupações recorrentes chamando a situação de “crítica” enquanto a equipe procura potenciais compradores. A Force India supostamente deve mais de dez milhões de libras (aproximadamente R$ 49 milhões) para a Mercedes e outros 3 milhões de libras (R$ 14,6 milhões) para o mexicano em razão de patrocínios.
“Quanto mais dinheiro você tem neste jogo, geralmente melhor você se sai. Mas espero que isso seja resolvido em breve e que vamos voltar a operar do modo como estamos acostumados”, disse Otmar Szafnauer, diretor de operações da Force India. “Estamos neste período crítico, que pode durar uma semana ou duas”.
O dirigente continua confiante em uma resolução, enquanto a Fórmula 1 se prepara para as férias do verão europeu de quatro semanas após o GP da Hungria, sendo retomado em 26 de agosto com o GP da Bélgica. “Eu acho que é iminente. Eu sei que existem discussões acontecendo”, disse.
A Force India também enfrenta incerteza sobre o futuro da Ocon. O francês, de 21 anos, é apontado como um dos mais promissores pilotos do grid e pode se transferir para a Renault. “É bom para ele ir, mas temos que concordar com isso”, disse Szafnauer. “Nós não vamos atrapalhar o caminho dele”, acrescentou.