Os ministros da Defesa, Raul Jungmann, e da Justiça, Alexandre de Moraes, anunciaram nesta quarta-feira, no Rio de Janeiro, que a partir do próximo dia 15 todo o contingente das Forças Armadas mobilizado para a segurança na Olimpíada já estará no Rio. São cerca de 22 mil militares. Entre os dias 15 e 21 serão realizados ensaios gerais e testes com simulações de situações reais, para aperfeiçoar o esquema. As operações militares vão começar no dia 24, a 12 dias do início dos Jogos, quando será aberta a Vila Olímpica.

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Um incidente, possivelmente terrorista, será encenado na estação ferroviária de Deodoro, que serve ao complexo esportivo do bairro, na zona Oeste do Rio, onde serão realizadas competições de diversas modalidades. A princípio esse treinamento vai ocorrer no dia 16, um sábado.

“Não faltará dispositivo de segurança, defesa e ostensividade na Olimpíada do Rio. Eu lhes asseguro isso”, afirmou o ministro da Defesa. As Forças Armadas farão policiamento ostensivo nas vias expressas (como a Linha Amarela, a Linha Vermelha e a Avenida Brasil, que serão usadas por atletas e torcedores), aeroportos, estações ferroviárias e em vias de acesso para instalações olímpicas dos bairros de Deodoro, Barra da Tijuca (zona oeste) Copacabana (zona sul) e Maracanã (zona norte). Não está prevista nenhuma atuação em favelas. Os principais pontos turísticos do Rio, como o Pão de Açúcar e o Cristo Redentor, também não terão ocupação militar. O policiamento nesses lugares será feito exclusivamente pela Polícia Militar.

Questionado sobre a possibilidade de ataques terroristas durante a Olimpíada, o ministro Jungmann afirmou que os serviços de informação do Brasil e do mundo não detectaram nenhuma “ameaça potencial”. O Brasil vem trocando informações com países habituados a combater atentados terroristas, como os Estados Unidos, Israel e França, afirmou o ministro.

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“Esta será talvez a primeira Olimpíada com senso de inteligência voltado ao terrorismo. Teremos 97 representantes de sistemas de inteligência do mundo”, contou. O ministro da Justiça afirmou que não há qualquer registro da presença no Brasil do terrorista sírio Jihad Ahmad Diyab, que tem ligações com a al-Quaeda.

Sobre o recrudescimento da violência no Rio, Alexandre de Moraes afirmou que essa tendência será revertida com a normalização dos pagamentos atrasados de salários e gratificações dos policiais civis e militares do Estado, assegurada pelo repasse de R$ 2,9 bilhões do governo federal.

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Os ministros Jungmann e Moraes contaram que vão se mudar de Brasília para o Rio por conta do trabalho integrado de segurança para a Olimpíada.