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| Vital está afastado do elenco até segunda ordem. |
O que uma vitória não faz. Após a pressão das duas últimas semanas, ontem o Coritiba teve um retorno aos trabalhos que não via há tempos. A vitória sobre o Figueirense serviu para acabar com o jejum de seis jogos no campeonato brasileiro e reabriu o caminho da luta por uma vaga na Copa Sul-Americana de 2005.
Mas o trabalho de Antônio Lopes não muda – ele continua exigindo seriedade e responsabilidade. Por isso, Reginaldo Vital acabou afastado dos jogos.
O armador é um exemplo de recuperação. Na metade do ano, ele teve a autorização da diretoria coxa para treinar no CT da Graciosa e entrar em forma, mesmo que isso não significasse um contrato firmado. “Ele, em exatos 54 dias, perdeu catorze quilos. E perdeu só gordura”, lembrou o fisiologista Rodrigo Camargo, que acompanhou a luta de Vital para voltar a jogar.
Com o aval da direção de futebol, o jogador foi contratado (tem vínculo com o Cori até agosto de 2005) e tornou-se rapidamente em um dos destaques da equipe, assumindo a camisa 10 e sendo o responsável pela criatividade que tanto faltou em quase todo o brasileiro. Só que, sem mais nem menos, Reginaldo Vital foi sacado da equipe, treinando cada vez mais separado dos companheiros e, no final das contas, cortado até da concentração no jogo de domingo com o Figueirense.
Antônio Lopes não quis explicitar o problema, mas não esconde que existe. Perguntado se Vital e o zagueiro Flávio (que está voltando após uma lesão na coxa) poderiam enfrentar o Botafogo no sábado, o Delegado respondeu assim: “O Flávio talvez sim, mas o Vital talvez não. Ele tem que se recondicionar. Ele sabe o que é preciso, ele sabe o que ele tem que fazer para voltar ao time principal”, afirmou.
Vital, que ontem não deu entrevistas, esteve no domingo na TV Educativa, e quando perguntado sobre o assunto desviou a conversa e demonstrou tristeza. O afastamento seria por um ‘descuido’ do armador, que ganhou peso e acabou relegado apenas aos treinos físicos – ontem, ele ficou correndo ao lado de Flávio e de outro meia, Cléber, que também está longe dos treinos e dos jogos.
Se o jogador sofre com a saída brusca do time, tem ao menos uma esperança – Antônio Lopes, por mais que não aceite deslizes dos jogadores, sempre deixa uma chance para a recuperação. Foi assim com Laércio, que confessou ter se “descuidado” e agora é titular do Coxa, e com Roberto Brum, que teve rusgas públicas com o Delegado e hoje é um dos principais jogadores alviverdes. É como diz o ditado – quando se fecha uma porta, abre-se uma janela. E Vital tem essa janela escancarada quando entrar em forma.
Para Cori, Adriano vale R$ 7 milhões
Dois milhões de euros. Na cotação de ontem, exatos R$ 7.363.629,00. É esta a oferta do Porto por Adriano, do Coritiba, para que ele se apresente no final do ano, quando for aberta a temporada de negociações na Europa. A proposta, que seria apresentada oficialmente ontem para o jogador, também inclui um contrato de cinco temporadas, que daria ao lateral R$ 1.472.725,80 por ano (400 mil euros). O Coxa topa, Adriano também – restam os representantes do jogador.
A opção do lateral, que receberia pouco mais de R$ 122 mil mensais caso topasse a oferta, foi explicitada em uma entrevista ao jornal Record, da cidade do Porto. “Ficaria muito triste se não fosse para o FC Porto. Gostaria que tudo se resolvesse para poder ir já em dezembro. Isso é com a direção do Coritiba. O FC Porto é um grande clube, um dos melhores da Europa”, disse Adriano na edição de segunda.
Além de chegar no atual campeão da Liga dos Campeões, Adriano estaria em “casa” no Porto. Ele reencontraria companheiros das seleções brasileiras olímpica e principal, como Luís Fabiano, Diego e Carlos Alberto. “São bons companheiros e grandes jogadores. Reencontrá-los seria espetacular”, confessou o jogador.
Fica claro que o lateral coxa aceitaria ir para o estádio do Dragão. E que o Coritiba, até pelo fato do presidente Giovani Gionédis ter escancarado a proposta e os valores, também está de acordo. Mas não é essa a posição dos procuradores de Adriano. Um deles, Paulo Afonso, disse que há outros clubes interessados. “A Roma e um clube espanhol foram os únicos que fizeram propostas concretas. Ainda estamos à espera que o Porto converse conosco, já que até agora, pelo visto, só falaram com o Coritiba”, disse.