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Follmann recebe alta e diz estudar opções para seguir trabalhando na Chape

O goleiro Jackson Follmann, da Chapecoense, recebeu alta do hospital onde estava internado em Chapecó (SC), nesta terça-feira, por volta das 11h. O jogador, que teve a perna direita amputada, era o único dos sobreviventes que continuava internado após o acidente aéreo que matou 71 pessoas na Colômbia.

Antes de reencontrar os familiares e amigos, Follmann concedeu uma entrevista coletiva ainda no hospital. Em suas primeiras palavras, deixou claro a alegria de poder retornar para casa. “Enfim chegou o grande dia. Mais uma etapa concluída, graças a Deus. Estou muito feliz. Saio até com o coração um pouco apertado, fiz grandes amigos aqui”.

Com bom humor, Follmann não deixou as brincadeiras de lado ao responder as perguntas dos jornalistas e disse, rindo, que o seu primeiro desejo é “comer um churrasco”, e completou: “Brincadeiras à parte, quero poder sair, sentir o ar lá fora, ver as pessoas, sentir o carinho, porque isso vai me ajudar.”

O goleiro esteve sábado na Arena Condá, para acompanhar a primeira disputa da equipe catarinense desde o acidente. Na ocasião, a Chapecoense ficou no empate por 2 a 2 com o Palmeiras. “A Chapecoense montou um grupo muito competitivo, tem campeonatos importantes, e tenho certeza que vai levar alegria,” comenta Follmann.

Sobre os seus próximos passos, o atleta deixa claro que continuará em Chapecó. “É minha vontade sim (seguir na Chapecoense). Foi quem me abriu as portas, é minha segunda casa. Quero coisas grandes no clube,” explica, ainda sem decidir ainda qual função deseja seguir, “vou buscar me aprimorar, conhecer. Agora o momento é de aprendizado. Estarei dentro do esporte”.

O próxima etapa de Follmann é seguir para São Paulo, onde passará pelo processo de protetização. Segundos os médicos, uma prótese definitiva pode demorar até um ano, tempo no qual o atleta não pensa agora. “Logo vou estar protetizado, caminhando e fazendo tudo que fiz antes. Tenho certeza que farei muitas coisas. Quem sabe até jogar uma bolinha?”.

Liberado do hospital, Follmann poderá assistir à partida entre Brasil e Colômbia, quarta-feira, no Engenhão, e diz que “representa muito (estar no jogo da Seleção). Não queria que fosse dessa forma, perdi amigos, irmãos, mas será único”. Toda a renda líquida do amistoso será repassada à Chapecoense, que doará o dinheiro a familiares dos jogadores, membros da comissão técnica e dirigentes.

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