Rio – A tabela do Campeonato Brasileiro pode tanto ajudar quanto prejudicar os 26 clubes da Série A por causa das folgas previstas durante sua disputa. Até o fim da competição, todos os participantes ficarão ausentes de quatro rodadas das 29 previstas. Um espaço de ociosidade capaz de interferir em uma boa campanha, mas também ajudar na recuperação daqueles times que estiverem em crise.
O diretor do Departamento Técnico da CBF, Virgílio Elísio, explicou que a confecção da tabela foi uma opção feita pela entidade. De acordo com o dirigente, se a competição fosse realizada em 25 rodadas, todos ficariam sujeitos a uma série de problemas. “Tínhamos a opção de adotar a tabela tradicional, mas teríamos rodadas em que todos folgariam”, disse Elísio. “Outro empecilho seria o fato de os times serem forçados a realizar seqüências indesejáveis de até três jogos seguidos fora de casa.”
Elísio ainda lembrou outras conseqüências, caso a tabela adotada não tivesse sido esta e, como exemplo, citou o fato de os times precisarem honrar o contrato com a TV. Deixou claro que a adoção deste modelo para o Brasileiro, confeccionado por uma empresa do Sul, não foi realizada por causa da pressão exercida pelos clubes ou a pedido de “alguém”.
Nesta segunda rodada, o Santos, que estreou com vitória já sofreu as primeiras conseqüências e teve o bom início de competição interrompido. Mas, para o Palmeiras, que perdeu o treinador Vanderlei Luxemburgo para o Cruzeiro, a folga no próximo fim de semana vai ajudar o novo técnico a reestruturar o time antes do confronto contra o São Caetano, no dia 22. Em seguida, será a vez do Corinthians, na quarta rodada, e do São Caetano, na quinta, descansarem.
“Acho que a tabela não vai prejudicar os clubes”, disse Elísio. “Todos foram beneficiados com o mesmo número de folgas e ninguém foi privilegiado.”