Foi um ano de muitos avanços no handebol

Santo André-SP – O ano de 2005 foi, evidentemente, um período de crescimento para o handebol brasileiro. Coroado com a inédita sétima colocação da seleção adulta feminina no Mundial de São Petersburgo, na Rússia, a confederação Brasileira de Handebol (CBHb) tem muito mais a comemorar.

"Em 2004 chegou ao fim um ciclo olímpico. Este ano demos continuidade ao nosso planejamento, que já temos esboçado até 2012", disse o presidente da CBHb, Manoel Luiz Oliveira. Para ele, algumas metas foram alcançadas e outras chegaram a surpreender. "Algumas coisas foram conquistadas a mais. Praticamente, todas as nossas seleções que participaram de mundiais este ano melhoraram o seu ‘ranqueamento’. Além disso, pudemos contar com três de nossos jogadores, no All Star Team, que foram o Bruno Santana (seleção adulta), Maissa (beach Handball) e Eduarda Amorim (júnior feminina)."

Uma grande surpresa, na visão do dirigente, foi a medalha de ouro conquistada nos World Games pela equipe feminina de handebol de praia. "Nós tínhamos no planejamento conseguir pelo menos uma medalha em campeonatos mundiais. E isso foi alcançado pelo time feminino de handebol de praia."

Outro destaque no ano do handebol foi a atuação da ponta Daly, tanto pela Seleção Brasileira de praia, quanto pela de quadra. Nos dois mundiais que disputou, a jogadora foi a melhor em quadra e garantiu a artilharia da equipe. "Quando a Daly começou a jogar e ainda era júnior, eu dizia que ela poderia jogar em qualquer time do mundo. Este ano foi o coroamento de um trabalho. Assim como todos os outros merecem, ela mereceu o que conquistou em 2005", finalizou o presidente, lembrando que a jogadora foi eleita melhor atleta de handebol do ano pelo COB.

A chegada dos técnicos espanhóis Juan Oliver, na seleção feminina, e de Jordi Ribera, na seleção masculina, segundo Oliveira, é mais um passo para o desenvolvimento do esporte. "Há muitos anos, nós sabemos que o handebol não é um esporte brasileiro. Muitos investimentos em cursos de capacitação e intercâmbio têm sido feitos. Tudo isso visando à capacitação de nossos profissionais. O que aconteceu com a seleção feminina não é fruto apenas desse ano. Nós já havíamos conquistado a América e agora estamos encurtando as distâncias com os grandes times do mundo. Os dois estão cumprindo uma etapa desse trabalho, mas contam como auxílio das duas comissões técnicas que são brasileiras."

Pelo lado nacional, a avaliação também é positiva. "A liga Petrobras foi bem melhor do que a do ano de 2004. Falhas, tivemos, e vamos procurar corrigi-las, mas o campeonato foi muito melhor, de uma forma geral." Em 2006, a CBHb também procurou dar uma atenção à parte regional. "Com a criação da Liga Nordeste Adulta, nos dois naipes, nós demos continuidade ao desenvolvimento nacional da modalidade", analisou.

Para este ano, a idéia é continuar seguindo o planejamento que tem como principais objetivos a conquista dos dois ouros nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, em 2007, o que conseqüentemente dá ao Brasil as vagas para as Olimpíadas de Pequim, em 2008.

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