O Fluminense largou na frente na Copa Sul-Americana. Com menos facilidade do que se esperava, o time carioca recebeu o Nacional Potosí nesta quarta-feira, no Maracanã, e venceu por 3 a 0, graças à estrela de Pablo Dyego. O atacante entrou no segundo tempo, marcou um gol e incendiou o confronto que, até então, irritava o torcedor tricolor.

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Eliminado precocemente no Campeonato Carioca e na Copa do Brasil, o Fluminense dava motivos para a torcida se preocupar até metade do segundo tempo. Por isso, se o resultado encaminhou a vaga à segunda fase da Sul-Americana, não mascara as falhas da equipe às vésperas da estreia no Campeonato Brasileiro, domingo, contra o Corinthians, em São Paulo. A volta diante do Nacional acontecerá no dia 10 de maio, na altitude de 4.067m de Potosí.

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Quem esperava um atropelamento se decepcionou logo no início, quando o Nacional Potosí já mostrou a capacidade de amarrar o jogo, limitando a criação do Fluminense. A primeira boa chance foi acontecer somente aos 15 minutos, mas Jádson e, depois, Sornoza optaram por não finalizar. No fim, o volante tentou, mas jogou em cima de Romero.

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Cada minuto sem o primeiro gol parecia enervar o time da casa, que se tornava presa mais fácil ao rival. Restou, então, as jogadas de bola parada. Aos 25, Sornoza tentou direto e jogou por cima. Aos 45, cobrou falta na cabeça de Gum, que desviou no canto de Romero, mas parou no argentino.

As vaias na saída para o intervalo pareceram acordar o Fluminense, que somente no retorno passou a exercer a pressão que se esperava. Se não era criativo, tomou o campo de ataque e passou a tentar quase que exclusivamente nos cruzamentos para a área.

Quase deu certo aos 11, quando Ayrton Lucas cruzou da esquerda, a bola passou pelo goleiro, mas Renato Chaves, com pouco ângulo, jogou por cima. Seis minutos depois, a bola veio do outro lado, de Gilberto, e Pedro se antecipou ao goleiro para tocar sobre o travessão.

Era preciso mais, e Abel Braga lançou o time à frente com as entradas de Pablo Dyego e Matheus Alessandro. Um minuto depois, aos 27, deu certo. Sornoza cobrou escanteio da direita, Renato Chaves desviou e Pablo Dyego finalizou para a rede. Os bolivianos reclamaram muito de impedimento, mas Galvis, ingênuo, não saiu da linha de fundo e deu condições ao atacante brasileiro.

O mesmo Pablo Dyego quase marcou um golaço pouco depois, quando deu lindo chapéu em Flores e emendou bicicleta no travessão. O atacante de 24 anos entrara mesmo para incendiar o jogo e causaria a expulsão de Alaca aos 35 minutos.

Com um a menos, o Nacional se tornou presa fácil para o Fluminense e levou o segundo já aos 36. Sornoza cruzou da direita, Renato Chaves ajeitou e Gum marcou. Aos 42, Renato Chaves foi puxado acintosamente após escanteio da esquerda. Pedro cobrou o pênalti e selou o resultado.

FICHA TÉCNICA:

FLUMINENSE 3 X 0 NACIONAL POTOSÍ

FLUMINENSE – Júlio César; Gum, Ibañez e Renato Chaves; Gilberto, Richard, Jádson (Matheus Alessandro), Sornoza (Douglas) e Ayrton Lucas; Marcos Júnior (Pablo Dyego) e Pedro. Técnico: Abel Braga.

NACIONAL POTOSÍ – Romero; Jorge Flores, Pécora e Alaca; Galvis (Saúl Torres), Brian Meza (Thiago Santos), Wilder Salazar e Ederson Pérez; Piñero Da Silva (Paniagua) e Harold Reina. Técnico: Edgardo Malvestiti

GOLS – Pablo Dyego, aos 27, Gum, aos 36, e Pedro, aos 43 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO – Nicolás Gallo (Fifa/Colômbia).

CARTÕES AMARELOS – Jádson, Gum, Sornoza, Pablo Dyego (Fluminense); Harold Reina, Galvis, Romero, Pécora, Jorge Flores (Nacional Potosí).

CARTÃO VERMELHO – Alaca (Nacional Potosí).

RENDA – R$ 178.265,00.

PÚBLICO – 6.400 pagantes (6.892 presentes).

LOCAL – Estádio do Maracanã, no Rio (RJ).