No mesmo dia em que completou 109 anos de existência, o Fluminense apresentou oficialmente nesta quinta-feira à tarde, em sua sede, nas Laranjeiras, três reforços de peso como “presentes” de aniversário ao torcedor do clube, que assim espera poder brigar para conquistar pelo segundo ano seguido o título do Campeonato Brasileiro.
O meias argentinos Alejandro Martinuccio, ex-Peñarol, e Manuel Lanzini, que veio do River Plate, e o atacante Rafael Sobis, ex-Internacional e emprestado por um ano pelo Al Jazira, foram apresentados pelo presidente do Fluminense, Peter Siemsen.
Um dos principais destaques da última edição da Copa Libertadores, Martinuccio desconversou quando questionado nesta quinta se teria fechado sua ida para o Fluminense após assinar um pré-contrato com o Palmeiras, que também lutou pela contratação do jogador. “Se estou aqui, é porque eu queria estar aqui, vim para o campeão”, afirmou o meio-campista, que mostrou não estar preocupado com uma possível punição por ter rompido o pré-acordo que o Palmeiras diz ter firmado com o atleta. “Só estou preocupado em jogar futebol e dar alegrias aos torcedores do Fluminense”, garante.
Para fechar com Martinuccio, o Fluminense pagou 600 mil euros (cerca de R$ 1,3 milhão) por 50% de seus direitos federativos ao Peñarol, clube ao qual estava vinculado até o fim de julho. O Palmeiras, porém, alega ter um pré-contrato com o jogador, com multa estipulada de R$ 50 milhões em caso de rompimento do acordo, e ameaça recorrer à Fifa para receber o valor. O clube carioca, porém, alegou que o pré-contrato apresenta muitas brechas e não garantia o acerto do atleta com o time paulista.
Já Sóbis festejou o fato de que no Fluminense irá trabalhar com um velho conhecido seu: o técnico Abel Braga, que dirigiu o atacante no Internacional. “É uma alegria reencontrar com o Abel, com quem fui campeão (da Copa Libertadores em 2006) e cheguei à seleção brasileira”, lembrou o reforço, que negou ter um problema crônico no joelho direito, operado em 2009 após rompimento do ligamento cruzado e que atrapalhou que ele tivesse uma sequência maior de jogos nos últimos clubes que defendeu.
“Não tenho problema crônico nenhum. É normal que eu tenha sofrido um pouco para ter uma sequência. Fiquei um tempo parado por causa da cirurgia no joelho, mas só estou preocupado em começar uma nova etapa da minha vida”, enfatizou.
Lanzini, por sua vez, recebeu a camisa 11 que foi do ídolo Conca no Fluminense e agora espera poder ter sucesso no clube como o seu compatriota. “Eu gosto muito desse número e fico mais feliz por esse número ter sido do Conca. Vou me esforçar muito para justificar a minha contratação. Sou um jogador de velocidade, de habilidade e que sempre gosto de estar em contato com a bola”, ressaltou.