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Flávio: "Não o conheço, mas acho que não passa de uma dor-de-cotovelo.

Normalmente "na dele", o goleiro Flávio não se calou diante das críticas do presidente do Coritiba, Giovani Gionédis. Indagado sobre um possível interesse na contratação do camisa 1 paranista, o dirigente, na segunda-feira, declarou que "enquanto ele comandar o clube do Alto da Glória, Flávio não jogará no seu time, pois o considera um goleiro fraco". Para Flávio, nada mais é do que "dor de cotovelo".

"Não o conheço. Mas, acho que nada mais é do que dor de cotovelo pelo fato de que ganhei muitos títulos em cima do seu time", disse Flávio, em alusão ao período em que defendeu o Atlético. Perplexo, o goleiro não entendeu o motivo das críticas, pois jamais cogitou a possibilidade de atuar no Coritiba. "Nunca pedi, nem tive interesse. Sempre que me perguntaram, pois surgiram boatos, deixei claro que desconhecia qualquer interesse e que nunca ninguém ligado ao Coritiba me procurou."

Destaque do Paraná em momentos decisivos, Flávio prefere não avaliar sua condição. "Muitos me consideram um bom goleiro. Não me acho melhor que ninguém e nunca disse isso", comentou. "Agora, se o presidente do Coritiba acha que eu sou péssimo, é um sinal de que ele é um péssimo presidente", disparou. "Estou na estrada há tempos e de futebol acho que entendo. Muito mais do que esse dirigente", desabafou. "Ele deveria se preocupar com seu time e não ficar falando de jogadores que nada têm a ver com o Coritiba."

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Flávio disse também que ainda não conversou com os dirigentes do Paraná, mas tem intenção de renovar o contrato que se encerra no fim do ano. Flávio conviveu com todo o drama do Paraná no estadual e se mostra aliviado com a possibilidade real do clube se manter na Série A do Brasileiro para 2005.

 Paulo Campos fala em mais vitórias do Paraná

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"Não penso e nunca pensei em derrota." Com esta diretriz, o técnico Paulo Campos espera conduzir o Paraná Clube nas três rodadas finais do Brasileirão, confiante na conquista de mais pontos e posições na classificação geral do campeonato. O jogo do próximo sábado – às 16h, no Heriberto Hulse – pode consolidar a permanência do Tricolor na Série A. Para isso, é preciso vencer um concorrente direto na luta contra o rebaixamento, palavra que continua não sendo proferida pelo treinador.

Paulo Campos traçou novo objetivo para a equipe: superar o Cruzeiro e chegar à 14.ª posição. A cada jogo, o técnico tem encontrado um novo artifício para aumentar a motivação do grupo – e também tirar a excessiva pressão que acompanha a necessidade de vitória. Foi assim que ele administrou a tensão durante todo o período em que o Paraná Clube esteve na maldita ZR. Foram vinte rodadas entre os quatro últimos colocados e agora que conseguiu sair da "UTI", o objetivo é não permitir que o grupo perca a mobilização.

Nas 16 últimas rodadas, o Paraná conseguiu oito vitórias, sendo duas delas fora de casa. A estabilidade na condição de visitante será fundamental nesta reta final, onde o Tricolor ainda realiza dois jogos – contra Criciúma e Internacional. Desde que retornou ao clube, Paulo Campos não só pôs fim a um tabu (o Paraná não vencera um jogo sequer fora de casa), como deu ao time maior tranqüilidade para administrar pressões dos adversários. Com esta postura, o time só perdeu duas vezes longe de sua torcida, contra Botafogo e São Caetano.

Computando-se as duas fases da equipe sob a direção de Campos (27 jogos), o Tricolor apresenta rendimento de 50,62%. Superior, por exemplo, aos de Figueirense, Ponte Preta e Corinthians, que brigam por vaga na Sul-Americana. É, também, melhor do que o aproveitamento obtido pelo clube no ano passado (47,1%), quando terminou na décima colocação e garantiu presença na competição continental. "O principal foi a recuperação da auto-estima dos atletas. Pois qualidade este grupo tem", comenta Campos.