Seria um exagero dizer que a partida entre Flamengo e Figueirense, nesta quinta-feira, às 20h30, no Engenhão, é um jogo de vida ou morte. Mas o confronto é crucial para o posicionamento dos clubes na luta por uma vaga na Copa Libertadores da América. O time rubro-negro, que vem de derrota, tem 55 pontos, um a menos que o rival catarinense, embalado por seis vitórias seguidas.
A partida também pode ser decisiva quanto ao destino do técnico Vanderlei Luxemburgo. O comandante já recebe forte contestação dentro do clube, inclusive com ressalvas da própria presidente Patrícia Amorim. Com contrato até dezembro de 2012, Luxemburgo só fica no clube se obtiver a classificação para o torneio continental. Do contrário, o ano será considerado um fracasso, dado o alto investimento no plantel.
Outro que volta a receber pressão é o astro Ronaldinho Gaúcho. Isso já aconteceu no início do campeonato e o meia respondeu com boas atuações e o retorno à seleção brasileira. Depois de novas atuações fracas, Ronaldinho é foco de desconfiança quanto a seu comprometimento e vida noturna. “Aqui no Flamengo tudo se torna obrigação, mas as pessoas esquecem que outros 19 times estão brigando. O Flamengo investiu? Investiu. Mas não adianta achar que só investimento vai funcionar”, refletiu Renato Abreu, quando indagado sobre a pressão para obter a vaga na Libertadores.
“Com o elenco que nós temos, não podemos ficar fora da Libertadores. É um time que está entre os melhores do Brasil. Seria uma decepção ficarmos fora da Libertadores”, rebateu o goleiro Paulo Victor, que assume a meta rubro-negra com a suspensão do titular Felipe.
Depois de cumprir suspensão, Alex Silva retorna à zaga e Luxemburgo deve promover outra alteração, esta para desgosto da torcida. O técnico julga que errou ao lançar o jovem Thomás, de 18 anos, no time titular em um momento de definição e deve barrá-lo depois de boas atuações para a entrada do volante Willians, reintegrado depois de atos de indisciplina.