Flamengo e Fluminense disputam clássico dos opostos

Com mais de 100 anos de história e tradição, o clássico Fla-Flu já viveu todo tipo de cenário. O duelo deste domingo, às 19h30, no Maracanã, traz mais uma situação singular. O Fluminense jogará sob uma pressão enorme, com a ameaça de rebaixamento. Outro resultado que não a vitória acarretará na demissão de Vanderlei Luxemburgo. O Flamengo, ainda sob risco, mas bem menor, se dará ao luxo de poupar cinco titulares para priorizar a semifinal da Copa do Brasil.

O clima nas Laranjeiras é de absoluta tensão. Os jogadores passaram a semana respondendo a perguntas sobre os rumores de saída de Luxemburgo, cuja demissão chegou a circular como definitiva em vários veículos de imprensa. Ele balançou, mas viveu para experimentar mais um clássico. “Não existe isso de jogo da vida. Já passei por diversas situações positivas e negativas. Não podemos colocar o Vanderlei na frente, dizer que é o jogo da vida do Vanderlei no Flu”, discursou Luxemburgo, que tentou aparentar tranquilidade, mesmo com o presidente Peter Siemsen não garantindo sua permanência no cargo.

“As declarações do presidente são normais. O presidente é tricolor e está vendo seu time em uma situação desconfortável. Ele pode querer buscar soluções, conversar com a diretoria sobre o que deve fazer”, minimizou o técnico tricolor.

Do outro lado do campo, com muito mais respaldo e moral, estará um amigo. Jayme de Almeida foi auxiliar de Luxemburgo na Gávea e acompanhou o mesmo processo de fritura contra o técnico, como ocorre agora no Fluminense. “Lógico que vou querer ganhar do Fluminense, do Vanderlei. A gente é amigo, mas quero ganhar. Depois o que vai acontecer eu não sei. Não sou presidente do Fluminense, não sou diretor. Não posso fazer nada”, disse.

O comandante rubro-negro decidiu preservar cinco de seus principais homens. A contragosto. Ele gostaria de utilizar força máxima, mas não a ponto de arriscar a classificação para a final da Copa do Brasil. O Flamengo enfrenta o Goiás, nesta quarta-feira, no Maracanã, com uma vantagem de 2 a 1. “A ideia era não poupar. Mas os jogadores sentiram, tivemos que escolher. Paulinho, André e Chicão sentiram. O desgaste emocional do Elias (cujo filho está com pneumonia) também foi muito grande. Resolvemos poupar esses atletas”, argumentou Jayme de Almeida, que preservará também Leonardo Moura, refutando que esteja menosprezando o rival ou minimizando o risco de rebaixamento rubro-negro.

“Precisamos de pontos, mas estamos meio apertados. Tem o Fla-Flu e uma decisão (na quarta). Ainda não passamos (para a final da Copa do Brasil), tem muita gente empolgada, mas o time do Goiás é perigoso.

Achamos por bem fazer isso”, disse Jayme de Almeida.

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