A Federação de Atletismo do Quênia não aliviou para uma das principais atletas do país, e nesta sexta-feira anunciou a condenação da maratonista Rita Jeptoo. Flagrada no exame antidoping em setembro do ano passado, ela foi julgada e punida com dois anos de suspensão pela entidade.

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Jeptoo foi a principal maratonista da temporada passada, com as vitórias em duas das principais provas da modalidade, em Boston e Chicago. Ela inclusive receberia prêmio da World Marathon Majors, grupo que reúne as provas de Tóquio, Paris, Boston, Berlim, Chicago e Nova York, mas a cerimônia acabou suspensa justamente por conta do escândalo.

Isso porque Jeptoo testou positivo em um antidoping realizado fora do período de competições, no Quênia, em setembro. A amostra B, examinada pelo laboratório da Agência Mundial Antidoping em Lausanne, em dezembro, comprovou o resultado. Dois dirigentes da Federação de Atletismo do Quênia revelaram que a atleta, de 33 anos, testou positivo para EPO.

Jeptoo estava suspensa preventivamente desde que o primeiro teste havia dado positivo, mas sempre negou as acusações de doping, garantindo que tratava-se de uma “mentira”. Ela própria pediu para que um segundo teste fosse realizado, mas este só serviu para comprovar o resultado do anterior.

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Esse talvez seja o maior escândalo de doping do esporte queniano, tanto que despertou preocupação do governo local. O ministro do Esporte chegou a afirmar que o caso “envergonhou” o país. Já David Rudisha, atual campeão olímpico dos 800m, disse temer pela reputação do atletismo do Quênia.