De acordo com a opinião de alguns oficiais da Federação Internacional de Automobilismo, o italiano Giancarlo Fisichella, da Jordan, poderia ter sido declarado vencedor do GP do Brasil, disputado em Interlagos no último domingo. Embora as regras apontem que, no caso de paralisação e término da corrida, deve ser considerado o resultado de duas voltas anteriores à atual, a FIA poderia entender que Fisichella já havia iniciado a volta 56 no momento da suspensão da corrida.
Assim, seria validado o resultado a partir da volta 54, quando o italiano já havia passado na linha de chegada em primeiro. A FIA já adiantou que os comissários do GP do Brasil poderão se reunir amanhã em Paris para rever a classificação da prova.
A corrida foi interrompida na volta 55 por causa do acidente Mark Webber, da Jaguar, que bateu forte na curva que dá acesso à reta dos boxes. Em seguida, o espanhol Fernando Alonso, da Renault, passou sobre um pneu que se desgarrou do carro de Webber e acabou perdendo o controle do carro, também se chocando com o muro.
Minutos depois, nos boxes, Giancarlo Fisichella já comemorava a vitória antecipadamente, junto à equipe Jordan. Mas logo veio a notícia da vitória de Kimi Raikkonen, a segunda consecutiva do piloto finlandês. Se a FIA declarar na sexta-feira a vitória de Fisichella, seria a primeira do italiano e a quarta da equipe Jordan na história da F-1, que disputou o GP número 200 no Brasil.
Rumores
Depois da imprensa britânica veicular informações de que a Jaguar estaria pressionando Antônio Pizzônia apresentar resultados, sob risco de mandá-lo embora na metade da temporada, ontem a assessoria da escuderia negou qualquer exigência neste sentido.
O brasileiro não terminou nenhuma das três etapas do mundial deste ano. “Não sei de onde surgiram essas histórias. Elas não são reais. Antonio fez apenas três corridas e teve problemas mecânicos que limitaram sua performance”, disse o porta-voz da equipe.
Até o companheiro de Pizzonia, o australiano Mark Webber, saiu em defesa do brasileiro. “Ele (Pizzonia) é muito rápido, mas não conseguimos tirar muito dele ainda. Correr é diferente de testar e ele está ajudando no máximo que pode. Estou certo de que ele vai chegar lá”, concluiu Webber.