Os dois países que vão brigar pelo título de melhor do mundo no basquete serão conhecidos neste sábado. E a seleção da NBA dos Estados Unidos não está entre os quatro candidatos. As semifinais do 14º Campeonato Mundial terão Argentina e Alemanha, às 15h15, e Iugoslávia x Nova Zelândia, às 17h30 (ambos horários de Brasília), em uma rodada com presenças e ausências inesperadas.

Os Estados Unidos, que ganharam o título mundial de 1994 e os três últimos ouros olímpicos (1992, 1996 e 2000), vão disputar de 5º a 8º, algo que não poderia ser previsto no início do Mundial, tanto quanto a boa campanha da Nova Zelândia e o fato de a Argentina ter se tornado a sensação do torneio – é a única equipe invicta em seis jogos. A presença da atual campeã da Europa Iugoslávia era esperada, assim como a Alemanha, de Dirk Nowitzki, tem um time competitivo.

A Argentina, com um jogo sólido, chega a uma semifinal pela primeira vez em 52 anos, após quebrar a invencibilidade de 58 jogos e dez anos dos Estados Unidos, desde que os profissionais da NBA foram autorizados a atuar nos torneios da Federação Internacional de Basquete (Fiba). Os comandados do técnico Rubén Magnano humilharam os profissionais da NBA, na casa do rival. A Argentina vai enfrentar os alemães, uma seleção que ninguém havia previsto que chegaria à final. ?O que fizemos foi lindo, grande e histórico, mas de nada serve se não vencermos a Alemanha?, disse Emanuel Ginobili, a estrela argentina. A seleção tem uma medalha de ouro ganha em 1950 e depois disso, um oitavo lugar em 1998 como melhor resultado em um Mundial.

O jogo alemão depende muito de Dirk Nowitzki, mas o time tem também um conjunto com bom entrosamento e disciplina tática, qualidades que foram fundamentais para eliminar a Espanha nas quartas-de-final.

A Iugoslávia é agora, após eliminar os Estados Unidos nas quartas-de-final, com uma vitória por 81 a 78, a favorita para o título mais uma vez – foi campeã na Grécia, em 1998. Os iugoslavos conseguiram reagir após duas derrotas, para a Espanha e Porto Rico, e voltaram a mostrar eficiência no ataque e uma verdadeira obsessão na defesa.

O técnico Svestislav Pesic mudou os titulares após as derrotas e teve de colocar na reserva o ala Dejan Bodiroga, sua estrela do Barcelona. A entrada de Vlade Divac e Peja Stojakovic – ambos do Sacramento Kings da NBA – no quinteto base deu aos campeões mundiais a qualidade que faltava sob a tabela. A Nova Zelândia, os ?kiwis? da Oceania, podem ser considerados a principal surpresa do Mundial. ?Sabemos que eles têm uma equipe que briga e respeitamos isso?, disse Pesic.

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