Luiz Doro Neto/adorofotos |
Sassá aposta em título se time souber trabalhar ansiedade. |
São Paulo – O adeus à Fernanda Venturini, a levantadora mais consagrada do vôlei brasileiro, que se despede das quadras aos 35 anos, será hoje, com ou sem o 12.º título de campeã brasileira. O Rexona-Ades tem a motivação de lutar pelo título na despedida de Fernanda. Mas terá de vencer o Finasa/Osasco que luta pelo tetracampeonato da Superliga. Os times se enfrentam hoje, às 10h, no Ginásio Caio Martins, em Niterói, Rio (TV Globo). O equilíbrio marcou a série melhor-de-cinco – cada equipe ganhou um jogo em casa e outro fora e três deles foram definidos somente após cinco sets.
Osasco, com Carol, Bia, Soninha, Mari, Valeskinha e Carol Gattaz, dirigido pelo técnico Paulo Coco, ganhou o segundo jogo (3 a 2) no Rio, e o quarto (3 a 2), em casa, com um tie-break decidido por 18/16. O Rio, de Fernanda Venturini, Renatinha, Estefânia, Sassá, Fabiana e Thaísa, comandado por Bernardo Rezende, venceu o primeiro (3 a 2), em Osasco, e o terceiro (3 a 1), em casa.
?Não há favorito. Os jogos estão muito parelhos. A última partida foi extremamente equilibrada, decidida nos detalhes?, avalia Fernanda Venturini. O técnico do Finasa, Paulo Coco, observa que havia um certo favoritismo do Rexona para fechar a final por 3 a 0, por causa da campanha que fez – chegou às finais invicto. ?Pode ter um certo favoritismo, por ser uma equipe mais equilibrada, mas isso só não garante a vitória. Tem de jogar, e bem, para vencer a gente. O que eu espero é que minha equipe lute, brigue, tente ganhar a qualquer custo e se o Rexona for merecedor, jogar melhor, parabéns?, disse o treinador Paulo Coco.
Para Fernanda, a aposentadoria está mantida, seja qual for o resultado. ?Nada muda minha decisão de parar. Não tenho mais vontade de acordar todos os dias para treinar. Essa é minha decisão, não vou adiar. A vida é cíclica, tudo passa. É o tempo de outras jogadoras começarem, se destacarem, e quem sabe um dia chegarem onde cheguei. Estou feliz com minha decisão.? Até o meio do ano quer engravidar para dar um irmão a Júlia.
O auge da carreira foi em 1994, com a chegada de Bernardinho para ser técnico da seleção feminina. Com a seleção, Fernanda foi eleita a melhor atleta do Grand Prix, que o Brasil havia vencido, além da prata do mundial, numa final contra a imbatível seleção de Cuba.
Começou a namorar Bernardinho em 1995 – em1997 aceitou o convite do Rexona e foi morar em Curitiba com o técnico. Fernanda e Bernardinho se casaram em Curitiba, em 1999, e dois anos depois Fernanda ficou grávida de Júlia, hoje com cinco anos.
Após a temporada de 2002/2003 pelo Finasa, voltou para o Rexona, onde jogou até agora. Na última edição da Superliga, já havia pensado em parar, mas recuou diante da derrota do seu time para Osasco, confronto que se repete este ano.