Filipe Toledo faturou nesta quinta-feira, na África do Sul, a etapa de Jeffreys Bay do Circuito Mundial de Surfe e, de quebra, assumiu a liderança do ranking da elite da modalidade. O brasileiro abriu o dia de disputas eliminando o compatriota Gabriel Medina nas quartas de final, depois levou a melhor sobre o japonês Kanoa Igarashi nas semifinais e na decisão superou o australiano Wade Carmichael para ficar com o título.

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Essa é a segunda etapa conquistada por Filipinho em 2018, no qual também triunfou em Saquarema, no Rio, em maio. O Brasil, por sinal, vem sendo dominante, pois essa foi a quinta competição consecutiva do calendário conquistada por um surfista do País.

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Após o australiano Julian Wilson abrir a temporada com título em Gold Coast, na Austrália, Ítalo Ferreira foi campeão em Bells Beach, também em solo australiano, antes de Filipe Toledo ganhar a etapa brasileira na sequência. Depois disso, Ítalo foi o melhor em Bali, na Indonésia, onde William Cardoso seria campeão em seguida nas ondas de Uluwatu.

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Ou seja, o Brasil ficou no topo do pódio em cinco das seis etapas realizadas até aqui nesta temporada. Com o confronto entre Filipinho e Medina nas quartas em Jeffreys Bay, apenas um brasileiro poderia estar presente nas semifinais na África do Sul, o que na teoria poderia diminuir as chances de o País manter o seu domínio no ano.

Entretanto, Filipinho começou no confronto com o campeão mundial de 2014 a sua caminhada desta quinta-feira rumo ao título. Na terceira bateria das semifinais, ele somou 8,17 pontos, contra 9,10 de Medina, mas na segunda onda que pegou valendo nota dos juízes ele reagiu ao contabilizar 9,33, contra apenas 6,94 do seu compatriota. Assim, avançou às semifinais com uma vantagem de 17,50 a 16,03.

Desta forma, Filipe Toledo se credenciou para encarar nas semifinais o japonês Kanoa Igarashi, que nas quartas de final eliminou o havaiano Sebastian Zietz ao vencer por 15,17 a 12,44. Contra o surfista oriental, o brasileiro ganhou notas superiores por duas vezes e somou 16,80, enquanto o adversário contabilizou 15,33 e foi eliminado.

Na outra semifinal, bastante equilibrada, Wade Carmichael superou por pouco o sul-africano Jordy Smith com a vantagem de 13,77 a 13,30 e também se garantiu na luta pelo título. Antes disso, o australiano despachou o norte-americano Conner Coffin e o surfista da casa levou a melhor sobre o australiano Julian Wilson nas outras baterias das quartas de final.

Na disputa pelo título, Filipinho também foi melhor nas duas ondas com notas contabilizadas pelos juízes. Primeiro somou 8,50 e depois fechou a sua participação com 8,30, enquanto Carmichael fez 7,33 e em seguida 8,00, o que permitiu ao brasileiro triunfar com 16,80 a 15,33 de pontuação.

TUBARÕES E O TOPO DO RANKING – Assim como já havia ocorrido na última segunda-feira, a aparição de tubarões chegou a interromper as disputas desta quarta em Jeffreys Bay. As quartas de final começaram quase três horas depois do horário inicialmente previsto por causa da ausência de boas ondas e a organização ainda precisou paralisar a competição porque os tubarões começaram a circular pelo local.

Vale lembrar que há três anos, também em Jeffreys Bay, o australiano Mick Fanning chegou a ser vítima de um ataque de tubarão, mas escapou ileso do grande susto. E depois que um destes temidos animais deixou a área de disputa da etapa nesta quinta-feira, Filipinho triunfou superando Medina e, logo na bateria seguinte das quartas de final, garantiu a sua subida para a liderança do ranking mundial com a vitória de Jordy Smith sobre Julian Wilson, que ocupava o topo até ser eliminado.

Ao ser o maior vencedor desta quinta-feira, o brasileiro também comemorou um bicampeonato em Jeffreys Bay, pois ele já havia sido campeão desta etapa em 2017. E essa final na África do Sul foi uma reedição da decisão em Saquarema, onde Filipinho também levou a melhor sobre Jordy Smith para ficar com o título neste ano.