O Figueirense chegou na sexta rodada na condição de única equipe que ainda não conseguiu vencer no campeonato brasileiro. Mais uma vez, o time catarinense decepcionou sua torcida, ao empatar sem gols, neste domingo, diante da Ponte Preta. Nos instantes finais, parte dos oito mil torcedores presentes ao Estádio Orlando Scarpelli deu as costas para o time em sinal de protesto pela apresentação rudimentar e seu futebol de baixa qualidade técnica. A Ponte não foi exceção, porém deixou o gramado comemorando o ponto conquistado em Florianópolis. O resultado empurrou definitivamente o Figueirense para a lanterna, agora com quatro pontos, fruto de quatro empates.
O futebol ruim e de poucas iniciativas predominou no primeiro tempo. O período foi marcado pelo excessivo número de passes errados das equipes, mas foi o Figueirense que procurou arriscar. As duas principais oportunidades foram criadas nos 10 primeiros minutos de jogo, quando o alvinegro catarinense partiu desorganizado contra a defesa ponte-pretana. Cleber exigiu bela defesa do goleiro Alexandre Negri aos três e, aos seis, o estreante Sandro Hiroshi aproveitou um rebote da defesa para chutar forte e fazer Negri mostrar bom reflexo.
Encolhida em seu campo de defesa, a Ponte Preta passou a ousar a partir da metade do período, sempre com investidas pelas laterais aproveitando-se da velocidade e destreza de Ronildo. Sérgio Alves e Fabrício Carvalho, isolados, poucas vezes foram acionados. Seqüências intermináveis de passes errados caracterizaram o período.
Já no segundo tempo, quando pressionado pela torcida, o Figueirense partiu, em vão, em busca do gol para mudar o panorama da partida. Tentou de todas as formas, mas surpreendido nos contra-ataques. Aos 16, Adrianinho finalizou de cabeça, obrigando o goleiro Edson Bastos a fazer um verdadeiro milagre para evitar o gol. Mesmo com o meia Vaguinho expulso a partir da metade do segundo tempo, o Figueirense mostrou-se apático.
Bem marcado, suas iniciativas, a maioria com o estreante Sandro Hiroshi, foram interceptadas na estratégia defensiva da Ponte Preta que, com maturidade, conseguiu segurar o resultado que lhe foi favorável pelas circunstâncias da apresentação.
Figueirense 0 x 0 Ponte Preta
Local: Orlando Scarpelli
Árbitro: Elvécio Zequeto (MS)
Cartão vermelho: Mantena.
Público: 8.473 torcedores.
Renda: R$ 50.345,00.
Figueirense: Edson Bastos; Paulo Sérgio, Márcio Goiano, Cleber e Filipe (Marcelo Régis); Jeovânio, Luciano Sorriso (Vagner Mancini), Luiz Fernando e Bilu; Evair (Zinho) e Sandro Hiroshi. Técnico: Vagner Benazzi. Ponte Preta: Alexandre Negri; Mantena, Gabriel, Gerson e Ronildo; Ângelo, Vaguinho (Jean), Adrianinho (Reginaldo Vital) e Conceição; Sérgio Alves (Dênis) e Fabrício Carvalho. Técnico: Abel Braga.