A armadilha defensiva armada pelo técnico do Figueirense, Mário Sérgio, funcionou, o volante Henrique aproveitou a grande chance do jogo para os catarinenses e o América continua sem marcar diante de sua torcida, no Machadão. Na terceira partida na Série A, a equipe natalense cansou de perder chances e tentar o gol, por várias vezes, com chutes de fora ou da entrada da área.
Além de amargar a segunda derrota em casa, o técnico Lori Sandri teve de agüentar um sonoro coro de "burro" perto do final do confronto, principalmente porque sacou o meia Souza, aos 26 minutos do segundo tempo. O ídolo da torcida não atuou bem. "Foi um fôlego a mais para nós, no campeonato brasileiro", resumiu o goleador único da partida, o ofegante Henrique, ao final do jogo. O Figueirense somou seus primeiros três pontos na tabela e a equipe de Natal, caiu momentaneamente para a 13ª posição na classificação da Série A, com média de 1 ponto por jogo.
Na primeira etapa, com maior posse de bola, o time natalense contou mais com os volantes que tentaram por diversas vezes vencer o goleiro Wilson, em chutes da entrada da grande área. O técnico Mário Sergio montou um eficiente esquema defensivo que anulou os atacantes americanos, William e Anderson Ataíde, que pouco produziram, neutralizados sobretudo pelo zagueiro Chicão. No começo do jogo, o América viveu das tabelas sem conclusão, entre Ataíde e o meia Souza.
Aos 19 minutos, Rafael Muçamba falha e perde a bola na grande área. Ramon vira e deixa a bola para Henrique, que de cara para o gol, chuta no ângulo superior esquerdo de Renê. Os catarinenses só teriam presença efetiva no ataque, novamente, somente aos 44, quando Renê evita o segundo gol, depois de um chute rasteiro de Peter.
Em desvantagem, o América passa a movimentar-se com mais decisão. Aos 23, Ataíde tenta marcar, mas Wilson espalma depois da bala bater na zaga catarinense. Os momentos de maior pressão do time da casa foram aos 35 e aos 36 minutos. Na primeira tentativa, Chicão salva, desviando um chute de Célio, que tinha endereço certo. Logo após, o goleiro do Figueirense defende uma bomba do lateral esquerdo Márcio Goiano. "Tivemos muitas bolas de fora da área, mas temos que ter mais homens dentro da área deles", disse o técnico do América, Lori Sandri, fazendo a leitura dos primeiros 45 minutos.
O América foi pressão total no segundo tempo. Aos 3 minutos, o zagueiro artilheiro, Edson Borges fez de cabeça, na altura da marca do pênalti, mas o árbitro Luciano Mercante Júnior anulou o gol, alegando que no cruzamento de Souza, a bola chegou a sair pela linha de fundo, fazendo uma curva e voltando para o campo. O assistente Josemar Moutinho levantou a bandeira, antes da cabeçada do zagueiro. Seis minutos depois, Luciano Dias girou e disparou forte, obrigando o atento Wilson a espalmar para escanteio.
Aos 13 minutos, Marcos Alexandre perde ótima oportunidade, quando Luciano Dias ajeitou para o volante, que chutou com força mas para fora. Aos 15, o América acertou o travessão do Figueirense.
O Figueirense assustou a defesa americana, quando aos 34, Edson Borges precisou se antecipar ao atacante Vítor Simões, que chegava para bater de frente para o gol americano. A equipe de Mário Sérgio permaneceu a maior parte da etapa final, jogando atrás, esperando pelos esforçados jogadores rubros.
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