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FiFPro e Uefa condenam ações de árbitro em jogo com caso de racismo na Itália

O FIFPro e a Uefa criticaram nesta sexta-feira o árbitro Paolo Mazzoleni por falhar ao não adotar protocolos antirracismo após sons imitando macaco serem dirigidos ao zagueiro Kalidou Koulibaly, do Napoli, durante a derrota da equipe por 1 a 0 para a Inter de Milão, quarta-feira, no San Siro, pelo Campeonato Italiano.

O FIFPro, o sindicato mundial de jogadores, e a entidade gestora do futebol europeu também disseram que os abusos racionaus destinados ao defensor, que nasceu na França e tem pais senegaleses, na quarta-feira, eram “inaceitáveis” e “não têm lugar no futebol.”

As duas organizações apoiaram a ação imediata tomada pelo tribunal disciplinar do Campeonato Italiano, que decidiu que os próximos dois jogos da Inter em casa devem ser disputados com os portões fechados, e incluiu um fechamento parcial do San Siro para um terceiro jogo como mandante do clube.

“O FIFPro e a Uefa estão muito preocupados com este incidente racista inaceitável e o que parece ser uma falha em respeitar o protocolo antirracismo de três etapas amplamente conhecido”, disseram as entidades em um comunicado conjunto nesta sexta-feira.

“Koulibaly foi alvo de cânticos racistas e, apesar dos anúncios feitos pelo alto-falante do estádio, os cantos não pararam. Além disso, parece que a comissão técnica do Napoli já havia informado o árbitro várias vezes dos cânticos racistas. A FIFPro e a Uefa apoiam as autoridades do futebol italiano em qualquer medida adicional que será tomada para combater o racismo nos estádios com o que a FIFPro e a Uefa têm uma política de tolerância zero.”

Koulibaly foi expulso aos 36 minutos do segundo tempo, após receber dois cartões amarelos em sequência rápida, o segundo por aplaudir de modo sarcástico Mazzoleni depois de ser advetido pela primeira vez. Além disso, Koulibaly foi suspenso por dois jogos – um pelo cartão vermelho e outro por ironizar o árbitro.

Após o jogo, o técnico do Napoli, Carlo Ancelotti, ameaçou retirar seu time de campo da próxima vez que um de seus jogadores for alvo de cânticos racistas. Ele pediu várias vezes para o jogo contra a Inter ser interrompido após os cantos e anúncios alertando os torcedores que isso aconteceria foram feitos, mas não se tomou outras ações.

O primeiro passo do protocolo antirracismo da Uefa diz que “se o árbitro estiver ciente de um comportamento racista sério, ou for informado dele pelo quarto árbitro, ele deve, como primeiro passo, parar o jogo e pedir a realização de um anúncio de que o público desista imediatamente de tal comportamento racista.”

O segundo passo explica que “se o comportamento racista não cessar uma vez jogo reiniciado, o árbitro suspenderá a partida por uma período de tempo, e pedirá às equipes para irem aos vestiários”.

“Se a conduta racista não terminar depois que o jogo tiver reiniciado, o árbitro deve abandonar definitivamente a partida como último recurso. O delegado da Uefa ajudará o árbitro, através do quarto árbitro, para determinar se o comportamento racista parou, e qualquer decisão de abandonar o jogo só será tomada depois de todas as outras possíveis medidas foram implementadas e o impacto do abandono do jogo na segurança dos jogadores e do público for avaliado”, diz o último protocolo.

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