O presidente da Fifa, Gianni Infantino, volta a cobrar a CBF por mudanças. Em uma coletiva de imprensa nesta terça-feira em Zurique, o suíço insistiu que “ainda há algum trabalho a ser feito (na CBF)” e em seguida cobrou: “Espero que o trabalho seja feito”.

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Infantino preferiu não se estender ao ser questionado sobre a situação da CBF e de Marco Polo Del Nero, que não pode deixar o Brasil sob o risco de ser detido. Mas a reportagem do Estado confirmou que a Fifa continua sem liberar os recursos que havia prometido ao Brasil por conta da Copa de 2014.

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A entidade considera que não existem ainda condições para repassar quase US$ 100 milhões para a CBF investir no futebol.

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Em dezembro, uma delegação da CBF chegou a viajar para Zurique para apresentar à Fifa os projetos sociais que estariam sendo desenvolvidos, além de negociar como garantir acesso aos recursos. Mas não conseguiram convencer os cartolas na Suíça de que existem condições de averiguar como o dinheiro seria destinado. “As condições não estão dadas”, justificou a entidade, por meio de seu Departamento de Imprensa.

O Estado apurou que existem dois obstáculos para a liberação do dinheiro. O primeiro deles se refere à situação de Marco Polo Del Nero, presidente da CBF e indiciado nos Estados Unidos por corrupção.

A Fifa ainda precisa se defender nos tribunais americanos e, diante dessa situação, advogados aconselharam a entidade a romper relações financeiras com qualquer pessoa implicada na investigação. Repassar US$ 100 milhões ao comando de Del Nero, portanto, poderia ter consequências negativas para a Fifa no caso que, em 2017, vai ainda levar diversos cartolas aos tribunais em Nova York. Outro argumento que também pesa é o fato de que a CBF ainda não concluiu suas reformas internas.