A Fifa anunciou nesta quinta-feira, durante congresso da entidade realizado em Budapeste, na Hungria, que a utilização de tecnologia na linha do gol será testada no próximo dia 2 de junho, no Estádio de Wembley, onde a seleção inglesa receberá a Bélgica em amistoso de preparação para Eurocopa, marcada para acontecer entre 8 de junho e 1.º de julho.
No confronto, a tecnologia denominada de Hawk-Eye (olho de falcão) será colocada à prova pelo laboratório independente de testes EMPA, credenciado pela Fifa, que no último dia 16 testou a mesma em um jogo de menor expressão realizado em uma competição amadora na Inglaterra.
Estes testes, somados aos que foram feitos em partidas do Campeonato Dinamarquês por meio do sistema GoalRef, que é um outro que serve para testar a tecnologia na linha do gol, serão analisados pela International Board (órgão que controla as regras do futebol) em assembleia extraordinária da Fifa, em 2 de julho. Na ocasião, o uso deste tipo de tecnologia poderá ser aprovado pela entidade.
Antes de serem aprovadas ou reprovadas, estas tecnologias ainda serão analisadas em laboratório, para definir sua funcionalidade em diferentes condições ambientais e técnicas; em campo, no qual serão disparados chutes repetitivamente; e em treinamentos, para avaliar como o sistema se comporta com diversos jogadores em volta dele.
A Fifa ainda enfatizou nesta quinta que os testes que serão realizados no próximo dia 2, no Estádio de Wembley, não terão qualquer influência sobre o resultado do confronto entre Inglaterra e Bélgica, mesmo que aconteça um lance em que exista a dúvida se a bola passou ou não pela linha do gol. A entidade destacou que o árbitro do duelo não será informado a respeito e que apenas posteriormente eventuais dúvidas em relação a este tipo de lance serão dirimidas por meio do recurso tecnológico.
O teste da tecnologia no gol em um jogo envolvendo a Inglaterra faz o torcedor inglês lembrar do erro de arbitragem que acabou sendo decisivo a favor da Alemanha diante da seleção inglesa nas oitavas de final da Copa do Mundo de 2010, na África do Sul. Na ocasião, quando o placar apontava 2 a 1 para os alemães no final do primeiro tempo, a arbitragem não validou um gol marcado por Lampard em um lance no qual o meio-campista encobriu o goleiro alemão e viu a bola bater na trave, pingar dentro da meta e depois sair do gol.