A Fifa suspendeu o taitiano Reynald Temarii, que já foi seu vice-presidente, por oito anos. A decisão foi tomada porque ele recebeu dinheiro do catariano Mohamed bin Hammam para custear a sua defesa em um caso de corrupção ligado ao processo de escolha da sede da Copa do Mundo de 2022.

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Temarii violou cinco regras do código de ética da Fifa quando aceitou 305,640 mil euros (aproximadamente R$ 1,037 milhão) de Bin Hammam em janeiro de 2011, disse nesta quarta-feira a Fifa ao anunciar o veredicto do seu comitê de ética.

Ao concordar em financiar a defesa de Temarii contra a Fifa semanas antes da escolha das sedes das Copas do Mundo de 2018 e 2022, Bin Hammam garantiu que a Confederação de Futebol da Oceania não poderia participar da eleição. A entidade iria apoiar a Austrália, um dos adversários do Catar.

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Temarii, então o presidente da Confederação de Futebol da Oceania, estava recorrendo da suspensão de um ano imposta pela Fifa, que o impedia de participar da votação. Rússia e Catar foram os escolhidos para sediar as Copas de 2018 e 2022, respectivamente, em dezembro de 2010.

A Fifa havia punido o dirigente taitiano por considerar que ele quebrou regras de confidencialidade e lealdade, discutindo a votação com repórteres disfarçados do jornal inglês Sunday Times.

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Se Temarii tivesse aceitado a sua punição sem recorrer, a Confederação de Futebol da Oceania poderia ter enviado David Chung, de Papua-Nova Guiné, para votar na Austrália em seu lugar. Temarri voltou a trabalhar junto com a Fifa em 2013, quando ajudou o Taiti a organizar o Mundial de Futebol de Areia.