A Fifa anunciou nesta terça-feira que investirá US$ 20 milhões em diversas medidas, como a construção de estádios ecológicos e a compensação dos gases poluentes emitidos, para garantir que a Copa do Mundo de 2014, que acontecerá no Brasil, seja sustentável.

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O investimento foi anunciado em um evento no Rio de Janeiro no qual a Fifa e o Comitê Organizador Local da Copa de 2014 (COL), apresentaram sua estratégia de sustentabilidade na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), cuja cúpula será inaugurada nesta quarta-feira na capital fluminense.

“A estratégia da Fifa e do COL não pretende apenas diminuir os prejuízos, mas também maximizar os benefícios da Copa do Mundo de 2014”, afirmou a entidade em comunicado no qual admitiu que o evento pode influenciar significativamente na sociedade e no meio ambiente.

O Mundial, segundo a Fifa, será o primeiro que contará com um esquema totalmente sustentável. De acordo com a máxima organização do futebol, a estratégia prevê a construção de estádios ecológicos, a gestão dos resíduos, a cooperação social, a redução e compensação das emissões poluentes, as energias renováveis e a capacidade de desenvolvimento.

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“A Fifa investirá aproximadamente US$ 20 milhões para iniciar as operações. Os parceiros comerciais da Fifa e as demais partes envolvidas também contribuirão com os esforços para garantir a sustentabilidade”, afirma a nota.

A entidade pretende utilizar como base para sua estratégia de sustentabilidade a experiência que adquiriu desde 2005 na organização de outros torneios, as normas internacionais de qualidade previstas pelo ISO 26000 e a Iniciativa Mundial de Apresentação de Relatórios (GRI, na sigla em inglês).

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“O objetivo é, definitivamente, organizar um torneio que utilize os recursos de modo que seja alcançado um equilíbrio entre aspectos econômicos, sociais e ambientais, e nós desejamos que a Copa de 2014 não seja lembrada só por ser um torneio de futebol fantástico, mas também por seu grande legado social e ambiental”, declarou o chefe de Responsabilidade Social Corporativa da Fifa, Federico Addiechi.

Addiechi acrescentou que, para garantir a sustentabilidade, é necessário a cooperação de todas as partes envolvidas, incluindo as construtoras e os torcedores.

“A Copa pode mudar as atitudes em favor de um estilo de vida mais sustentável. Desde os grandes projetos de construção de estádios sustentáveis, até os sonhos das crianças carentes que querem ver seus ídolos no campo, esta Copa já está mudando o Brasil”, afirmou o ex-jogador Bebeto, membro da direção do COL e campeão mundial em 1994 pela seleção brasileira.

O secretário-executivo do Ministério do Esporte, Luis Fernandes, afirmou que os recursos públicos para a construção de estádios estão condicionados ao fato de que sejam sustentáveis.