A festa de gala da Fifa, nesta segunda-feira, em Zurique, não ignorou o assunto do momento em todo o mundo. Em determinado momento do evento, o telão ao fundo do palco apresentou a inscrição “Je suis Charlie”, frase também dita pelo presidente da Fifa, Joseph Blatter, em memória às vítimas dos atentados terroristas que assustaram a França durante a semana passada. “Eu sou Charlie” (na tradução para o português) foi, instantaneamente, a homenagem que passou a rodar o mundo depois do atentado contra a revista Charlie Hebdo, em Paris, na quarta-feira.

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Passado o momento de homenagem, a festa voltou ao seu foco principal: a premiação dos melhores de 2014 no futebol. Ralf Kellermann, técnico do Wolfsburg, campeão da Liga dos Campeões, venceu como melhor treinador de futebol feminino apesar de ter recebido apenas 17% dos votos totais.

No masculino, a escolha também foi por um técnico da Alemanha: Joachim Löw, que levou a seleção do seu país ao título da Copa do Mundo do Brasil. Com 36,2% dos votos, ele venceu dois treinadores de renome: Diego Simeone (19%), que apresentou uma revolução tática no comando do Atlético de Madrid, e Carlo Ancelotti (22%), campeão da Liga dos Campeões com o Real Madrid.

“Sei que este prêmio não é só para mim. Estou levando por todos aqueles que me ajudaram. É consequência de muitos anos de trabalho duro. Gostaria de agradecer a todos os técnicos alemães que fazem tanto com os jovens jogadores todo dia”, disse Löw, ao receber a taça.

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O prêmio de Fair Play da Fifa, entregue no ano passado ao Afeganistão, desta vez foi para os voluntários que participaram da Copa do Mundo no Brasil. Já o jornalista japonês Hiroshi Kagawa, o mais velho a cobrir o Mundial do ano passado, recebeu o “prêmio do presidente”, entregue por Blatter.