A Confederação Africana de Futebol (CAF) e a Fifa condenaram o ataque que causou a morte do motorista da delegação de Togo e deixou pelo menos nove feridos na sexta-feira. O ônibus da seleção togolesa foi metralhado quando cruzava a fronteira de Angola, país que sediará a Copa Africana de Nações a partir de domingo.
Além de repudiar o ataque, a CAF anunciou que fará uma reunião de emergência neste sábado em Cabinda, local do incidente, para avaliar a situação do país. “As autoridades angolanas enviaram de imediato uma equipe para descobrir qual é a situação exata do local”, assegurou a entidade, em nota.
Enquanto representantes da CAF se reunirão com a delegação de Angola, o presidente da Confederação, Issa Hayatou, se encontrará com o primeiro-ministro angolano, Paulo Kassoma, “para tomar decisões que garantam a realização tranquila da competição”.
No mesmo comunicado, a CAF declarou “apoio total” e demonstrou solidariedade à delegação de Togo, que teve dois jogadores baleados: o zagueiro Serge Akakpo e o goleiro Obilale Kossi. Os atletas e os outros sete feridos, entre eles dirigentes, médicos e membros da comissão técnica, seguem internados em um hospital de Cabinda.
A Fifa também condenou o ataque de sexta-feira. “A Fifa e o presidente Joseph Blatter estão profundamente comovidos pelo incidente que atingiu a seleção de Togo”, declarou a entidade, que disse estar em contato com a Confederação Africana e o presidente Issa Hayatou. A Fifa espera um relatório completo sobre a situação de Angola nas próximas horas.
Apesar do ataque, a Copa Africana de Nações, que reunirá 16 seleções, será realizada normalmente a partir deste domingo, garantiu o ministro do Esportes de Angola, Gonçalves Muandumba. A equipe de Togo, do craque Emmanuel Adebayor, do Manchester City, fará sua estreia na segunda-feira, contra Gana, em Cabinda.