A Fifa entrou em acordo nesta sexta-feira com o governo da África do Sul e a Safa, entidade que controla o futebol daquele país, para definir os rumos da investigação que visa apurar denúncias de manipulação de resultados em jogos da seleção sul-africana antes da Copa do Mundo de 2010.
Por meio de um comunicado oficial, distribuído após um encontro entre o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, o presidente da Associação Sul-Africana de Futebol, Kirsten Nematandani, e o ministro do Esporte da África do Sul, Fikile Mbalula, a entidade que controla o futebol mundial informou que as partes envolvidas chegaram a uma “conclusão concreta” no encontro desta sexta, em Zurique, no que chamou de um “novo marco na luta contra manipulação de partidas”.
A Fifa informou que uma comissão de inquérito independente será montada pelo governo da África do Sul para investigar o caso, assim como propôs que seu Comitê de Ética, representado pelo presidente Michael J. Garcia, participe desta comissão especial. Porém, essa proposta, apoiada pela Safa e pelo ministro do Esporte da África do Sul, ainda precisa ser aprovada pelo governo sul-africano.
“Este caso de longa data está prejudicando o futebol sul-africano. É vital que este assunto, que lembra de algo ocorrido em 2010, seja concluído em breve, com os culpados sendo punidos com a política de tolerância zero”, disse Valcke após o encontro desta sexta.
Em sua preparação para a Copa do Mundo de 2010, a África do Sul empatou por 1 a 1 com a Bulgária, goleou Guatemala (5 a 0) e Tailândia (4 a 0) e ainda surpreendeu ao derrotar a Colômbia por 2 a 1, em amistosos que agora estão sob investigação. Naquele período, a seleção sul-africana era comandada por Carlos Alberto Parreira. Na época, a África do Sul teve pênaltis duvidosos a seu favor nos jogos contra Guatemala e Colômbia.