A Fifa admitiu nesta quinta-feira que os protestos de junho no Brasil colocaram a realização da Copa do Mundo no País em risco. E as manifestações populares também fizeram com que a entidade aumentasse a preocupação em deixar um legado para o futebol brasileiro, numa resposta às críticas pelo alto custo do evento e da construção de estádios.
Nesta quinta-feira, no encerramento do quarto encontro do ano do Comitê Executivo da Fifa, na Costa do Sauipe (Bahia), a entidade decidiu que irá investir pelo menos US$ 20 milhões (cerca 47 milhões de reais) em projetos ligados ao futebol no Brasil. A Fifa, porém, não divulgou quais são esses projetos.
Em nota no seu site oficial, a entidade reforça que, diferente de 2010, na África do Sul o anúncio do legado será feito antes do início da competição. Mas que o montante total só será decidido depois da Copa do Mundo.
OUTRAS DECISÕES – Nesta quinta-feira o Comitê Executivo tomou algumas decisões burocráticas. Com relação às datas da Copa do Mundo de 2022, no Catar (que podem ser alteradas por conta do verão quente), foi decidido que entre janeiro e agosto a comunidade internacional e parceiros da Fifa serão consultados e que os dados serão levados ao comitê em dezembro.
Também foi decidido que a Ásia receberá mais quatro eventos da Fifa entre 2016 e 2017: o Mundial Feminino Sub-17 de 2016, na Jordânia, os Mundiais Sub-17, na Índia, e Sub-20, na Coreia, ambos em 2017, e o Congresso da Fifa daquele mesmo ano, na Malásia. O Mundial Feminino Sub-20 de 2016 acontecerá na África do Sul e o Congresso de 2016 na Cidade do México.