A Fifa divulgou uma nota oficial nesta quinta-feira para negar que tenha planos de mudar a data do período de disputa da Copa do Mundo de 2022, prevista para ser realizada no meio daquele ano, no Catar, logo após o término da temporada europeia, como habitualmente acontece em outros Mundiais.
A possibilidade de mudança de data é vista de forma positiva pelo próprio presidente da Fifa, Joseph Blatter. Há pouco menos de duas semanas, o dirigente admitiu que o calor sufocante do país árabe, cujo verão ocorre no meio do ano, poderá prejudicar o desempenho dos jogadores e representar até mesmo um risco para a saúde dos mesmos. Durante os meses de junho e julho, o Catar costuma ter temperaturas que chegam aos 50.ºC.
Nesta quinta, porém, a Fifa informou que “qualquer pedido de mudança da Copa do Mundo da FIFA 2022 do período de verão para o de inverno terá de ser formalizado pela Federação Catariana de Futebol e apresentada ao Comitê Executivo da FIFA”.
O Catar foi escolhido em dezembro passado para sediar a Copa do Mundo de 2022, superando uma disputa direta contra Estados Unidos, Austrália, Coreia do Sul
e Japão. Preocupados com o cenário adverso que poderá será enfrentado pelos jogadores no Mundial, diversos dirigentes, como Franz Beckenbauer, membro do Comitê Executivo da Fifa, e Michel Platini, presidente da Uefa, aprovaram a possibilidade de troca de data da competição.
Nesta quinta-feira, Mohamed bin Hammam, outro membro do Comitê Executivo da Fifa e presidente da Confederação Asiática de Futebol, afirmou que está aberto a discutir a possibilidade de realizar o Mundial de 2022 nos meses de inverno. Porém, avisou: “Não me oponho (à mudança), mas também não a proponho”. O dirigente ressaltou que qualquer discussão sobre o assunto no Catar será feita depois de 2018, quando a Rússia organizará a Copa do Mundo anterior.
Bin Hammam ainda destacou que acha “bastante estranho” que os dirigentes já estejam preocupados hoje com a data do Mundial de 2022, tendo em vista que antes dele ainda serão disputados o do Brasil, em 2014, e o da Rússia, quatro anos depois. “A Copa do Mundo de 2014 acontecerá daqui três anos e ninguém fala disso”, opinou.