Palco de quatro partidas da Copa do Mundo, a Arena da Baixada, aos poucos, vai perdendo o ar do Mundial e a maquiagem colocada pela Fifa no estádio para receber os jogos do principal torneio de futebol do planeta. Desde o final de semana, operários da Fifa e da empresa integradora, Agogô, que foi a responsável pela instalação das estruturas temporárias do estádio contratada pela Prefeitura de Curitiba, estão fazendo a retirada de maquinários, mobiliários e tendas instaladas para o torneio. Assim, a entidade máxima do futebol mundial devolverá, na quinta-feira, as chaves do remodelado Joaquim Américo ao Atlético.
Estão sendo retirados lanchonetes, móveis da área de imprensa, material de tecnologia da informação, impressoras, computadores e as tendas montadas na Praça Afonso Botelho, que também recebeu quiosques dos patrocinadores da Copa, assim como a estrutura onde foi instalada a sala de mídia, no estacionamento do estádio. Os bancos de reservas também serão levados pela Fifa e outros deverão ser providenciados pelo Atlético a partir de agora.
Segundo o secretário-municipal da Copa do Mundo, Reginaldo Cordeiro, um terço dos móveis serão destinados para as áreas de saúde, educação e esporte do Município. “Todas as estruturas temporários estão saindo do estádio e um terço dos móveis, como cadeiras, mesas e armários vão para escolas, creches, unidades de saúde e outras áreas da cidade de Curitiba’, explicou.
A CAP S/A, de acordo com o coordenador-geral estadual da Copa, Mário Celso Cunha, está negociando com a Agogô para que algumas salas que foram utilizadas nos jogos sejam mantidas na estrutura do estádio. “O Atlético quer algumas salas, como a que funcionou o ambulatório médico, sejam mantidas no estádio para os jogos do clube”, informou o representante estadual do Mundial.
Além da retirada das estruturas e da perda da maquiagem que deixou a Baixada com a cara da Copa do Mundo na capital paranaense, o estádio deve receber algumas mudanças até setembro, quando o Atlético terminará de cumprir as penas impostas pelo STJD decorrentes dos incidentes ocorridos no final do ano passado, em Joinville, durante a partida contra o Vasco.
Na área superior do setor Brasílio Itiberê, onde ficou instalada a imprensa durante os jogos do Mundial, o Atlético deverá providenciar a instalação de novas cadeiras e aumentar a capacidade do estádio para 43 mil torcedores. Na área inferior atrás dos dois gols, está sendo estudada a possibilidade da retirada das cadeiras, já que de um lado ficará localizada a torcida organizada Os Fanáticos e do outro o clube pretende colocar torcedores visitantes.
Por fim, as estruturas temporárias montadas na Praça Afonso Botelho, que dá acesso a esplanada da Arena da Baixada, também estão sendo retiradas. De acordo com Cordeiro, está sendo aguardado o orçamento do Município para que as obras de reintegração dos espaços de lazer da praça sejam iniciadas. O custo estimado é de aproximadamente R$ 4 milhões e a expectativa do começo das obras é de até três meses.