O chefe médico da Fifa, Jiri Dvorak, criticou o Tottenham nesta segunda-feira por ter permitido que o goleiro Hugo Lloris permanecesse em campo no jogo diante do Everton, no último domingo, pelo Campeonato Inglês, depois de o francês ter chegado a ficar inconsciente depois de levar uma joelhada do atacante Romelu Lukaku. Ele foi atingido na sua cabeça de forma não intencional pelo seu adversário.
Segundo Dvorak, um atleta tem 99% de chances de sofrer uma concussão na cabeça ao ficar no gramado para seguir atuando após um choque violento como este. Mas, apesar do demorado atendimento que Lloris recebeu após ficar inconsciente, o técnico Andre Villas-Boas optou por manter o goleiro em campo nos 15 minutos restantes do confronto que terminou empatado por 0 a 0.
Dvorak ainda enfatizou que Lloris “deveria ter sido substituído” e que “o fato de o outro jogador (Lukaku) ter precisado de colocar gelo em seu joelho significou obviamente que o choque foi extenso”.
Villas-Boas, entretanto, disse que o próprio Lloris pediu para continuar em campo, assim como uma nota oficial divulgada pelo Tottenham nesta segunda-feira garantiu que o jogador tinha condições médicas de seguir atuando após se recuperar da forte pancada que levou na cabeça. “Uma vez que os testes e avaliações relevantes foram realizados, estávamos totalmente convencidos de que ele estava apto para continuar jogando”, disse Wayne Diesel, chefe da equipe médica do clube inglês.
O empate por 0 a 0, obtido fora de casa, deixou o Tottenham na quarta posição do Campeonato Inglês, com 20 pontos, mesma pontuação de Chelsea e Liverpool, respectivos segundo e terceiro colocados nos critérios de desempate. O Arsenal, com 25 pontos, é o líder isolado.