Enquanto o caso de José Maria Marin começa a chegar a uma definição, os documentos usados durante o processo passaram a ser enviados também para a Fifa que, há dois anos, abriu uma investigação contra Marco Polo del Nero, atual presidente da CBF. Se ele for suspenso pela entidade máxima do futebol mundial, precisaria também deixar o organismo nacional.

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Na Fifa, a ordem era a de esperar até a conclusão do julgamento em Nova York para que qualquer decisão fosse tomada em relação a Del Nero. Mas, com novas planilhas fornecidas pelos procuradores norte-americanos, áudios com provas e outros indícios, a entidade está sendo obrigada a voltar a avaliar o caso e considerar as novas provas.

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Oficialmente, o caso está com a investigadora independente da Fifa, a colombiana Maria Claudia Rojas. Mas informes publicados na semana passada pelo Conselho da Europa revelaram que Rojas mantinha uma relação de amizade com Luis Bedoya, ex-cartola colombiano e também acusado de corrupção. Ainda assim, ela foi escolhida para o cargo quando a Fifa demitiu seu antigo investigador, Cornel Borbely.

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Dentro da Fifa, cartolas admitiram à reportagem do Estado nesta semana que a situação de Del Nero ficou “insustentável” e que a CBF sai do processo “fragilizada”.

Resta, para muitos, saber qual será a posição de Gianni Infantino, presidente da Fifa. No início do mês, ao responder ao Estado numa coletiva de imprensa em Moscou, ele deixou claro que, enquanto não houver uma condenação de um suspeito, não tomaria nenhuma medida. Como Del Nero está no Brasil e não será extraditado aos Estados Unidos, seu julgamento pode nunca ocorrer.

Infantino, que contou com o apoio da América do Sul para sua eleição, passou a manter uma relação estreita com a Conmebol, destinando à entidade alguns dos cargos chaves dentro da Fifa, inclusive o controle das finanças.