A Fifa falou grosso em relação à polêmica de quem banca as estruturas provisórias para a Copa do Mundo, que se refere principalmente a tudo que é montado do lado de fora do estádio por ocasião do torneio, como tendas, área de imprensa, espaços de segurança, entre outras coisas. Jérôme Valcke, secretário-geral da entidade, avisou que as cidades-sede têm responsabilidade nisso. “Existem acordos e comprometimentos, e as cidades se propuseram a entregar X, Y ou Z. Nós pagamos tudo que estamos usando e não estamos pedindo dinheiro para nada”, disse.
Algumas sedes começaram a reclamar de ter de bancar alguns custos, mas a Fifa lembrou que isso foi acordado no “Stadium Agreement” e que cabe ao proprietário do estádio e à cidade-sede garantir uma estrutura mínima. “As cidades precisam entregar os estádios e as estruturas, incluindo a Fan Fest”, avisou Valcke.
Na semana passada, por exemplo, a prefeitura do Recife avisou que não iria bancar a realização da Fan Fest, evento que acontece nas sedes da competição com shows e transmissão dos jogos em telões. Assim, a capital pernambucana poderia ficar sem a festividade, que virou uma marca recente do Mundial.
Segundo Ricardo Trade, principal executivo do Comitê Organizador Local (COL), a questão dos custos já foi debatida exaustivamente e cabe a cada um agora fazer sua parte. “Um estádio não fica pronto para a Copa somente com campo e arquibancadas. Tem de ter área de segurança, de imprensa… Nenhum estádio do mundo está pronto para realizar a Copa sem as estruturas complementares. A Fifa e COL têm responsabilidade dividida: ajudar na instalação da área de hospitalidade, na sinalização, na decoração, na colocação de espaços de concessão de comidas e produtos licenciados. Já a autoridade do estádio fica com uma parte dessa conta”, explicou.