Durante o evento de apresentação do Mundial de Futebol Feminino que será realizado em 2015, no Canadá, a Fifa cobrou mais iniciativa da CBF quanto ao fortalecimento da modalidade no Brasil. Em questão de desenvolvimento e investimento, o futebol feminino brasileiro anda está bem atrás do masculino, mesmo ostentando algumas das melhores jogadoras do mundo, como Marta, e de ter feito boas campanhas em competições internacionais.
“Estou fazendo um apelo à CBF para que haja maior ênfase ao futebol feminino, para que cresça assim como o futebol masculino”, declarou Lydia Nsekera, integrante do comitê executivo da Fifa, durante entrevista no Maracanã. O evento contou com a presença de Marta e do ministro do Esporte, Aldo Rebelo, nesta quinta-feira.
Marta, que atualmente joga na Suécia, lamentou as dificuldades enfrentadas pelo futebol feminino no Brasil. “Não é tão forte como antes, mas a cultura brasileira ainda é muito voltada para o futebol masculino. Espero que um dia fique mais atrativo jogar aqui. Que em vez de as brasileiras saírem, as estrangeiras venham para cá.”
Aldo Rebelo declarou que o governo federal vem estimulando a modalidade, ao apoiar o Campeonato Brasileiro e a Libertadores, e que espera iniciativas da CBF em relação ao assunto. “Fizemos esse esforço de aproximação com a CBF, não apenas por recursos, mas da institucionalidade, já que o futebol feminino é de responsabilidade da CBF”, disse o ministro.
O Mundial do Canadá terá o maior número de seleções na história da competição, com 24 times, selecionados a partir de 125 países que disputam as Eliminatórias. Até agora sete equipes já se classificaram: Suíça, Austrália, China, Japão, Coreia do Sul, Tailândia e a dona da casa, Canadá.
No último Mundial, realizado na Alemanha, em 2011, a seleção brasileira, após fazer uma campanha com 100% de aproveitamento na fase de grupos, foi eliminada ainda nas quartas de final, pela seleção norte-americana, que terminou a competição em segundo lugar. O Japão foi campeão.