A Rússia pode receber punições como resultado de um relatório do investigador Richard McLaren para a Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês) que envolve jogadores de futebol no escândalo de doping do país-sede da próxima Copa do Mundo, disse, nesta quarta-feira, Gianni Infantino, o presidente da Fifa. Mas ele garantiu a segurança e credibilidade dos exames antidoping no evento em 2018 na Rússia.

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O relatório apresentado por McLaren inclui cópias de e-mails que apontam que foram ocultados cinco amostras suspeitas de doping de jogadores das seleções sub-17 e sub-21 da Rússia em 2013 e 2014.

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O então ministro dos Esportes, Vitaly Mutko, foi acusado de ocultar casos de doping na liga russa. O Comitê de Ética da Fifa disse que vai examinar o relatório e qualquer envolvimento de Mutko, que faz parte do Conselho da Fifa.

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“É membro do conselho e, claro, estamos trabalhando juntos”, disse Infantino ao ser questionado sobre se confia no dirigente russo. “Se aconteceu algo ligado a casos de doping encobertos no futebol e agora eles foram descobertos, então a Fifa e a Uefa, dependendo de quem tem competência cada caso, vão lidar com isso e implementar as ações e sanções”, disse Infantino durante uma congresso esportivo em Dubai.

“Eu não acho que devemos misturar uma questão de doping, embora seja um caso importante de doping, com a organização da Copa do Mundo, que é algo completamente diferente, que é algo completamente diferente relação aos esforços antidoping na Copa. Este é um assunto da Fifa. Estará com funcionários da Fifa em laboratórios acreditados em todo o mundo, muito provavelmente na Suíça”.

A Rússia foi acusada por McLaren de corromper o controle do doping nos Jogos Olímpicos de Inverno de 2014, em Sochi, incluindo a participação de agentes dos seus serviços secretos, manipulando amostras de medalhistas.

“Vamos garantir que a Copa do Mundo na Rússia seja completamente segura quanto aos controles de doping ou com o que tenha a ver com casos de doping”, disse Infantino.