A reunião do Conselho Mundial da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), nesta quarta-feira (25), em Paris, iniciou uma disputa política que pode causar um racha na Fórmula 1. A entidade anunciou que revisará a maneira como coordena a categoria, com o intuito de ter maior participação no comando do Mundial.
O anúncio bate de frente com os interesses de Bernie Ecclestone, inglês que é o dono dos direitos comerciais da Fórmula 1, e que pedia o afastamento da federação dos negócios da categoria.
"A FIA fará uma consulta às equipes para estudar planos para aumentar a eficiência do campeonato, o que incluirá um novo regulamento técnico. Essas mudanças também envolvem uma revisão no comando da Fórmula 1", disse a entidade em nota oficial publicada após a reunião.
Também foi anunciada a criação de uma nova categoria de acesso, a Fórmula 2, mesmo nome utilizado nas décadas de 1970 e 80. O campeonato seria um rival direto da GP2, comandada por Ecclestone, na procura de novos talentos para a Fórmula 1.
Com as decisões tomadas nesta quarta-feira, a FIA abre com Bernie Ecclestone uma disputa que terá conseqüências imediatas. Em um primeiro momento, o inglês deve trabalhar para que as equipes não compactuem com a decisão da a entidade ter ainda mais influência no campeonato.
Depois, caso a federação não recue em suas intenções, Ecclestone pode colocar em prática um plano que tem ganhado força nos bastidores: uma categoria à parte, desvinculada da FIA e comandada por ele, com apoio das montadoras atualmente envolvidas na Fórmula 1.
