A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) divulgou nesta sexta-feira (12), após reunião em Mônaco, uma série de medidas para reduzir os custos na Fórmula 1. O pacote, aprovado pelas equipes na quarta, inclui alterações no regulamento da categoria para os próximos dois anos, e deve mudar a cara – e as finanças – do Mundial.

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Para 2009, as mudanças têm caráter predominantemente restritivo, com a intenção imediata de diminuir os gastos das equipes. De acordo com a entidade, o orçamento das escuderias deve diminuir cerca de 30% em 2009, no caso das montadoras. Para as independentes, a redução deve ser ainda maior.

A principal alteração foi na regra dos motores. Segundo a FIA, a vida útil será duplicada, e os giros serão limitados a 18.000 rpm. O fornecimento às independentes também sofreu mudanças, com redução de 50% do preço.

Os testes e pesquisas aerodinâmicas foram outros pontos que sofreram restrições. Durante a temporada, não haverá mais treinamentos que não sejam os programados para os finais de semana de GPs. O desenvolvimento dos carros em túnel de vento também foi regulamentado, e nos próximos meses deve ser padronizado.

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Outra medida aprovada pelas equipes foi um enxugamento no quadro de funcionários, por meio de um acordo de compartilhamento de informações sobre pneus e combustível. Assim, não haverá a necessidade de as escuderias manterem “espiões”.

Idéias polêmicas, como a troca do sistema de pontuação pelo de medalhas e novas mudanças no treinos, serão alvo de uma pesquisa de mercado. Elas serão analisadas pela FIA de acordo com os resultados obtidos em consultas ao público.

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Para 2010, as mudanças serão ainda mais profundas. Além de motores mais baratos para as equipes independentes, a FIA instituiu sistemas de transmissão, telemetria e rádio padronizados. De acordo com o comunicado emitido nesta sexta, os aquecedores de pneus serão banidos, e o reabastecimento deixará a categoria novamente.